Pais de alunos da escola da localidade de Terra Corrida, a 12 quilômetros da sede de Iúna, na Região do Caparaó, estão indignados. A escola municipal da comunidade, foi danificada durante uma forte chuva em 24 de janeiro de 2020. Desde então, as crianças estão alocadas em local improvisado - um salão da igreja católica. Houve a promessa de reconstrução da unidade e o retorno dos estudantes em abril deste ano para o antigo local, o que não ocorreu até hoje.
A escola municipal de ensino fundamental Terra Corrida está interditada desde o início de 2020, segundo a prefeitura. No local, houve um desmoronamento de terra, que afetou o imóvel. Para não ficar sem aulas, o espaço da igreja foi cedido até que os estudantes pudessem retornar.
O problema, segundo as mães, é que além do espaço ser improvisado, a igreja também passa por obras. O local tem uma escada estreita e inacabada, além de rede elétrica exposta em uma das salas. Elas criticam ainda a falta de ventiladores e existência de um único banheiro. Os cerca de 40 alunos estudam em duas salas multisseriadas.
“Uma sala atende pré I, pré II e 1⁰ ano. Já a outra atende 2⁰, 3⁰, 4⁰ e 5⁰ ano. Me sinto muito triste. Indignada com a situação porque lá não tem estrutura nenhuma”, disse a Regiane Rodrigues, que tem uma filha de sete anos na unidade.
Mãe de um filho autista, de 10 anos, Tamires Sales diz que se sente mal ao ver o filho em um local inadequado para atendê-lo e os demais alunos. “O local não tinha portão e grades nas janelas. Tive então que recorrer ao Ministério Público e fizeram a prefeitura colocar as grades, mas nada de escola”, comentou.
Sobre a promessa de uma nova unidade, Regiane Rodrigues lembra que houve reuniões e uma previsão foi dada.
“Em 2022 tivemos a reunião com prefeito, secretaria e sub secretário da educação com promessas de que a escola ficaria pronta e seria entregue no início de abril. Mas acontece que a escola encontra abandonada desde outubro de 2022. Isso porque o salão da igreja seria provisório, apenas por seis meses. Mas já se estendeu por três anos e nada foi feito”, reclama a mãe.
O que diz a prefeitura
Procurada pela reportagem, a prefeitura disse que houve atraso no processo de licitação de materiais de construção e no último dia 31 de março deste ano foi homologado. Com a conclusão desta licitação, garante o município, irão retomar a obra para sua conclusão. Os trâmites, informou a prefeitura, estão sendo comunicados à comunidade.
"A atual administração está se empenhando para entregar a construção da unidade o mais rápido possível, existindo inclusive um plano de direcionamento total de recursos para dar celeridade ao processo. Resta apenas aguardar a liberação para compra dos matérias de construção na limitação anteriormente citada. Acreditamos que em um prazo de 120 dias as crianças já estarão utilizando o novo prédio", informou a Prefeitura de Iúna.
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