Fatalmente, você já deve ter visto alguma promoção ao estilo "tudo por R$ 1,99" e caído na tentação de comprar o produto ofertado. Se não comprou, ao menos deve ter visto. Não eram todos os clientes que faziam questão de receber de troco a moedinha de um centavo ou até mesmo uma balinha. Mas, talvez, se soubessem que atualmente esse centavinho poderia valer algumas centenas de reais, o pensamento poderia ser diferente.
Assim como as demais notas e moedas, a moedinha de R$ 0,01 foi criada em 1994 com a implementação do Plano Real. Porém, desde o ano de 2005, o Banco Central deixou de fabricá-las sob a alegação de que o custo de uma unidade, na época, saía por R$ 0,09. Desde então, a moeda, em tese, de menor valor caiu em desuso e encontrá-la virou quase um artigo de luxo ou item de colecionador. E, neste caso, um objeto valioso, podendo chegar a valer até R$ 300, dependendo do modelo.
Antes desprezada, o antigo "patinho feio" das moedas agora pode se tornar um "cisne". Quem garante isso é o numismata Fernando Bezerra, que herdou do pai o apreço por coleções e transformou a paixão em profissão esse profissional é especializado em avaliar, cotar e comercializar itens colecionáveis.
Além das especificidades relacionadas à temática da nota ou moeda, outros fatores fazem elevar o preço. O bom estado de conservação é determinante para se conseguir um valor maior. Quanto mais aspecto de nova e limpa, mais dinheiro valerá o produto.
Este é o exemplo da cédula de R$ 1,00. Desde que deixou de circular e ser produzida pelo BC, a procura por ela passou a valorizar quem tivesse um exemplar. Se bem conservada então, ela vale bem mais do que o valor indicado na nota.
Esses valores elevados não valem apenas para as notas antigas. A cédula de R$ 200 anunciada recentemente, que nem chegou às mãos dos brasileiros, já é aguardada ansiosamente por quem coleciona este tipo de item.
"Para o colecionismo em geral, ela já chega com um valor alto, principalmente para revender ao exterior. Portanto, está todo mundo ansioso, sim, aguardando pelo lançamento dessa cédula", salientou o numismata, que abandonou a antiga profissão e, atualmente, sobrevive do trabalho nesta área.
Agora que você já sabe que seu dinheiro pode valer bem mais do que parece, pense bem em não aceitar aquela moedinha de um centavo. Isso, claro, se ainda conseguir encontrá-la por aí.
Achou uma nota de Cruzado Real, Cruzeiro, ou aquela moeda no fundo da gaveta? Saiba que ela tem valor, mesmo não sendo a moeda vigente no Brasil. Não são muitos os locais que comercializam esses itens, mas há. Uma boa dica para se inteirar sobre o assunto é acompanhar os leilões virtuais de colecionadores. Em Vitória, o numismata Fernando atende na avenida Marechal Floriano, em Maruípe, e também mantém uma página especializada sobre moedas e notas, além de comprá-las e vendê-las.
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