Um dos principais aceleradores da pandemia no mundo atualmente, a variante Delta do coronavírus ainda é difícil de ser diagnosticada uma vez que, muitas vezes, seus sintomas são confundidos com um simples caso de gripe.
Embora seja mais transmissível ainda não há comprovação de que seja uma mutação mais agressiva do vírus, o que torna mais complicado diferenciá-la de doenças gripais ou de outras variantes da Covid-19.
Entre os sintomas mais comuns estão tosse, febre e dor de cabeça, conforme explicou o infectologista Carlos Urbano Gonçalves Ferreira Júnior. “O quadro é muito parecido. Não dá para distinguir clinicamente, só mesmo fazendo um teste.”
Ele observa que a testagem inicial irá confirmar se é ou não um caso do coronavírus, mas não aponta, por exemplo, qual a variante.
"Quem decide investigar se é essa variante, ou outra, é a Secretaria de Saúde, com base em alguns critérios. Mas se há sintomas gripais, o mais indicado e procurar uma unidade de saúde para ser avaliado e para ser encaminhado para testagem.”
O infectologista Lauro Ferreira Pinto reforça que não se sabe ainda qual o peso da variante Delta entre as demais. Contudo, a julgar pelo que vem sendo observado em outros países por onde a Delta tem se espalhado rapidamente, o especialista considera que, em breve, esta mutação do vírus pode se tornar muito mais comum.
“Como a disseminação é mais rápida, é preciso recobrar a atenção e procurar atendimento médico ao menor indício de sintomas gripais. Não se pode minimizar.”
Ele observa ainda que as vacinas já disponíveis protegem contra casos graves da doença. Isso não impede, entretanto, a contaminação, mesmo que a pessoa já tenha sido imunizada com uma ou duas doses. Ainda é possível ser infectado com o vírus, e desenvolver quadros mais leves da doença.
Vale ressaltar, entretanto, que mesmo a forma leve do vírus pode ser transmitida para outras pessoas, e atacar de forma mais severa pessoas não imunizadas.
A variante Delta do coronavírus Sars-CoV-2 (anteriormente chamada de B.1.617.2), identificada pela primeira vez na Índia no final de 2020, está colocando em alerta até países com a vacinação avançada contra a Covid-19, como é o caso de Estados Unidos, Reino Unido e Israel.
Nesses locais, a chegada da variante delta fez o número de novas infecções subir rapidamente entre as pessoas que não receberam nenhuma vacina. Nos Estados Unidos, mais de 80% dos novos casos da doença são causados pela variante Delta --um cenário que pode também ser o futuro do Brasil, onde a variante já está presente, inclusive em estados vizinhos ao Espírito Santo, como Rio de Janeiro e São Paulo.
*Com informações da agência Folhapress
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