Subiu para 37 o número de municípios capixabas sem a 2ª dose da Coronavac, vacina do Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. A informação foi atualizada nesta quarta-feira (28), pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O número que havia sido divulgado nesta terça (27) era de 26 cidades que não mais contavam com doses desse imunizante, e, em questão de apenas um dia, outras 11 cidades foram confirmadas na lista.
A falta de doses da Coronavac está preocupando quem tomou a primeira dose do imunizante contra a Covid-19 e já deveria receber a segunda dose. O repasse de lotes do imunizante aos Estados, prometido pelo Ministério da Saúde, foi menor que o necessário para atender todo o público.
A vacina Coronavac tem a previsão de intervalo de 28 dias entre a aplicação da primeira e da segunda doses, necessário para que se tenha a imunização completa.
O agendamento da segunda dose para o grupo que já esperou o prazo máximo entre a primeira e a segunda aplicação estava previsto para esta semana em várias cidades capixabas. Nas redes sociais das prefeituras, em publicações sobre o agendamento para novos grupos de capixabas, moradores reclamaram do atraso e dizem estar com medo de perder o efeito da primeira dose.
Desde o fim de março, o governo federal passou a orientar que não era mais preciso reservar metade dos lotes da Coronavac para garantir a segunda aplicação do imunizante.
Porém, o Ministério da Saúde voltou atrás essa semana após perceber que não haverá imunizantes para todos nas datas previstas e divulgou uma nota técnica pedindo que as secretarias estaduais de saúde voltem a reservar a segunda aplicação de cada lote. A previsão é de que os lotes da Coronavac voltem a serem distribuídos em dez dias.
Na noite de sábado (24), o secretário de Estado da Saúde (Sesa), Nésio Fernandes, usou as redes sociais para explicar o motivo do atraso e enfatizou que não é permitido tomar doses de laboratórios diferentes, apesar de no Espírito Santo isso ter acontecido, por engano, com pelo menos 500 pessoas.
"Não existem estudos de segurança e eficácia disponíveis para subsidiar o cruzamento de doses de fabricantes distintos. A vacina é um imunizante poderoso. Após aplicada não é um produto que se decompõe pela validade de dias. Até o presente momento, a ampla maioria dos estudos reforçou vantagens na ampliação do prazo de aplicação entre as doses. Na imensa maioria das vezes, não há prejuízo na produção de anticorpos com a ampliação breve do período entre as doses. Já há uma grande proteção contra a infecção, casos moderados, graves e óbitos", pontuou.
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