O soldado da Polícia Militar do Espírito Santo Fellipe Pedrosa Leal Villas, preso por deserção da corporação, no dia 12 de julho após entrar em um reality de TV sem autorização da corporação, foi solto na noite dessa segunda-feira (12). Em nota, a Polícia Militar afirmou que a soltura aconteceu mediante a um alvará expedido pela Justiça Estadual.
Mesmo em liberdade, Fellipe continuará respondendo o processo pelo crime de deserção. No âmbito administrativo, um Conselho de Disciplina foi instaurado e segue em andamento, o que poderá ocasionar na demissão do soldado. "O policial militar deve seguir à disposição do Conselho de Disciplina, afastado da atividade operacional", esclareceu a corporação.
A reportagem entrou em contato com a Associação das Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo (Aspra-ES) em busca de informações sobre os procedimentos que serão adotados a partir de agora. Assim que houver retorno, o texto será atualizado.
Fellipe Pedrosa Leal Villas foi retirado do reality "A Grande Conquista", da Record TV, por "infringir normas militares". Conforme apurado por A Gazeta, o soldado chegou a pedir à corporação para entrar na atração, mas não foi autorizado. De acordo com o Portal da Transparência, Fellipe Villas tirou férias entre abril e maio. Depois disso, como não se apresentou para trabalhar, foram abertos dois procedimentos internos, sendo uma sindicância e um processo por deserção - que avalia a ausência do militar do serviço.
No dia 26 de junho, a Justiça do Espírito Santo determinou que Fellipe fosse preso justamente por estar ausente do trabalho militar. A decisão cita que a falta ao serviço "atenta contra a hierarquia". O juiz, Luiz Guilherme Risso, explica que o período de "ausência injustificada" superou o prazo de oito dias - momento em que a conduta passa a ser considerada delito de deserção. A prisão, no entanto, aconteceu apenas duas semanas depois.
Á época, a Polícia Militar garantiu que Fellipe Pedrosa Leal Villas não recebeu sem trabalhar. Em nota, a corporação afirmou que o pagamento de Fellipe Villas havia sido bloqueado.
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