Única sobrevivente do desabamento de um prédio no dia 21 de abril no bairro Cristóvão Colombo, em Vila Velha, Larissa Morassuti diz que a vida após a tragédia "tem sido terrível" e afirmou estar sendo "soterrada por burocracias". Em entrevista à repórter Juirana Nobres, da TV Gazeta, pouco mais de um mês depois do ocorrido, a doceira de 37 anos conta que o recomeço da vida não deve ser tão rápido. Nesta quinta-feira (26), uma equipe do Corpo de Bombeiros foi ao local fazer uma análise do que sobrou no terreno.
Larissa recebeu alta hospitalar no dia 27 de abril, quando, após ficar internada na UTI, se recuperou e foi para casa. A doceira perdeu o pai, a irmã e a sobrinha na tragédia.
A doceira relata lembrar de tudo que aconteceu naquele dia 21 de abril. Ela diz que Deus tem confortado ao lembrar do que foi o desabamento, mas que o pós "tem sido terrível".
Larissa também afirma que o retorno à profissão não será rápido, não por falta de vontade, mas por "força maior".
Larissa Morassuti faz questão de agradecer aos que ajudaram com doações no período após a tragédia. "Sem a vaquinha das pessoas que me ajudaram, eu teria passado muita necessidade", relata.
O Corpo de Bombeiros estendeu por mais 20 dias o período para a conclusão do laudo pericial que indicará a causa do desabamento de um prédio em Vila Velha que matou três pessoas da mesma família. Em princípio, o prazo seria encerrado no último dia 12, mas foi prorrogado devido à complexidade do caso.
À ocasião da tragédia, os militares trabalhavam com três hipóteses para o desabamento, mas, durante os trabalhos de perícia, duas já foram descartadas: a que estaria relacionada ao uso de materiais de soldagem no imóvel e a de vazamento de Gás Veicular Natural (GNV) de um carro que estava na garagem do prédio. Agora, a corporação trabalha apenas com a hipótese de vazamento de gás de cozinha.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, há uma espécie de força-tarefa para tentar identificar as circunstâncias que geraram a explosão que antecedeu o desabamento. Ao todo, a equipe é formada por nove profissionais: sete peritos e dois inspetores — todos dedicados exclusivamente a este caso.
O desabamento do prédio de três andares aconteceu na manhã de 21 de abril, uma quinta-feira, dia de feriado de Tiradentes. A tragédia ocorreu no bairro Cristóvão Colombo, em Vila Velha, e imagens de uma câmera de segurança flagraram o momento exato em que houve uma explosão, pouco antes de o imóvel ir abaixo.
Em um total de quase 20 horas de operação, o Corpo de Bombeiros conseguiu resgatar Larissa Morassuti com vida e retirou três parentes dela dos escombros, mas eles morreram ainda no local. As vítimas são:
A adolescente chegou a ser encontrada com vida e uma médica tentou ajudá-la ainda sob os escombros. No entanto, ela não resistiu e acabou morrendo no local. O idoso foi o último a ser achado, já na madrugada do dia 22 de abril. Tanto ele quanto a mãe da menina morreram.
Ainda no dia 22, seguinte à data da tragédia, equipes do Corpo de Bombeiros visitaram o prédio desabado para iniciar o trabalho de perícia para tentar identificar a causa do desabamento.
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