Você já viu por aí um conversível esportivo da marca Porsche caracterizado com plotagem e emblemas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Espírito Santo? O veículo da montadora alemã e que chama a atenção, é um 911 Carrera S, que não sai por menos de R$ 1,2 milhão, segundo a própria fabricante e especialistas em veículos consultados pela reportagem de A Gazeta. Afinal de contas, por que a corporação tem essa "superviatura"?
Inicialmente, é bom esclarecer que o carro não foi comprado para a PRF: ele é fruto de uma apreensão ocorrida no Espírito Santo, e pertencia a um estelionatário.
"A PRF teve participação nessa operação e a Justiça nos designou como 'fiel depositária' do bem. O processo ainda está em andamento, e nesse período temos autorização para mudar a característica dele, inclusive alteração de cor e placa, já transformando em viatura", explicou o agente Wylis Lyra, chefe da comunicação da PRF no Estado.
Quando o processo terminar, segundo Lyra, a Justiça pode determinar a transferência definitiva do patrimônio para o fiel depositário. É o caso de outros dois carros de luxo que estão na sede da PRF do Estado: uma BMW e um Volvo XC60. Esses já pertencem à corporação.
O 911 Carrera S, de acordo o site da fabricante, tem potência de 331 kW e pode atingir velocidade máxima de 308 km/h. Em apenas 3,5 segundos, ele consegue acelerar de 0 a 100 km/h.
De acordo com Lyra, o Porsche não participa de ações policiais. "Ele fica guardado na nossa sede, assim como outros dois. Os três são utilizados em situações especiais, eventos, desfiles, exposições, atividades educativas em escola. Não é um veículo utilizado para o policiamento, até porque sua estrutura não permite. Não tem um espaço confortável ali para três ou quatro policiais, ainda mais com coletes e armas longas, por exemplo. Temos veículos potentes específicos para atividades policiais, com estabilidade", disse.
Apesar disso, é possível que os capixabas vejam o conversível pela rua. "Ele já foi utilizado em uma exposição em shopping da Grande Vitória, em desfile. Como fiéis depositários temos que cuidar do bem, então ele constantemente recebe as verificações e nós fazemos alguns deslocamentos até para ele não ficar o tempo todo parado."
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