A suspensão das atividades presenciais nas escolas públicas e privadas do Espírito Santo foi anunciada pelo governo do Estado que começaria a valer nesta quinta-feira (18), assim como as demais restrições da 'quarentena' de 14 dias. Entretanto, de acordo com a edição extra do Diário Oficial, publicada nesta quarta-feira (17), excepcionalmente as instituições de ensino terão a suspensão valendo a partir da próxima segunda-feira (22) — conforme artigo 16, inciso II do ato normativo. Desse modo, de acordo com o decreto, as aulas presenciais poderão acontecer durante esta quinta (18) e sexta-feira (19), o que difere do pronunciamento inicial do governador.
Em pronunciamento realizado na terça-feira (16), o governador, Renato Casagrande, havia anunciado que as aulas presenciais nas redes pública e privada teriam sido suspensas em todo o Espírito Santo de forma concomitante às demais medidas. "Estamos parando toda a educação, em todos os níveis. É uma medida que atinge os 78 municípios, começando na próxima quinta-feira (18) e que irá durar até o dia 31".
A mudança foi tema de debates nas redes sociais, em especial entre pais de alunos matriculados em escolas públicas e privadas do Espírito Santo. Para compreender a motivação para a excepcionalidade, a reportagem procurou a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) e esclarecimentos por parte diretamente do Governo.
De acordo com a Sedu, as escolas podem funcionar até sexta-feira (19) com aulas presenciais, devendo ter estas atividades suspensas na segunda-feira (22). Já no caso das escolas estaduais, foi decidido que elas abrirão nesta quinta e sexta, no entanto, sem aulas, mas somente com funcionamento voltado para procedimentos de organização interna.
Também segundo a Sedu, cabe a cada escola privada decidir se manterá aulas ou não durante os próximos dois dias. Da mesma forma, as escolas municipais que quiserem manter as aulas presenciais também poderão assim definir.
De acordo com o Governo do Estado, após o pronunciamento realizado na terça (16), foi definido que as escolas precisariam desses dois dias a mais de funcionamento para que pudessem se organizar, com disponibilização de material e entregas. No caso da rede estadual, o funcionamento será apenas administrativo. Para as demais redes, privada e municipais, fica facultada a disponibilização de aulas presenciais.
Em contato com o superintendente do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe), Geraldo Diório Filho, a entidade entendeu a nova definição como um tempo para que as escolas possam se programar com as famílias, fazendo também a entrega de material. Segundo ele, as escolas particulares funcionarão apenas administrativamente para o ensino de crianças até 5 anos na quinta (18) e na sexta-feira (19), com agendamento de atendimento pedagógico. "Para o restante do público as aulas podem acontecer normalmente", afirmou.
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