Por conta da pandemia do novo coronavírus, o lançamento da 9ª edição do Prêmio Biguá de Sustentabilidade foi realizado em formato virtual. Há décadas envolvida em registar as mudanças no meio ambiente e as práticas sustentáveis, a jornalista Sônia Bridi mostrou um pouco da experiência de suas viagens e dos efeitos da crise climática pelo mundo na palestra com o tema "Vamos gerar um novo mundo".
O evento, que teve mediação da repórter da TV Gazeta Luanna Esteves, foi assistido pelos internautas no site A Gazeta. Em uma aula inspiradora, a jornalista Sônia Bridi focou os efeitos das mudanças climáticas, que vivenciou viajando por todo o planeta, e alertou sobre o futuro. A crise da pandemia do coronavírus, que vivemos hoje, é uma mostra do que podemos enfrentar num futuro muito próximo com as mudanças climáticas, disse.
Entre os exemplos demonstrados por Bridi está o aumento do nível dos oceanos com o derretimento acelerado das geleiras e, principalmente, do gelo nas regiões das montanhas que tem afetado a agricultura e até a vida das pessoas.
Isso está acontecendo em todas as montanhas do planeta. Nos alpes na Europa, estações de ski foram desativas. O gelo de montanhas, principalmente das áreas que são mais tropicais, estão fadados a desaparecer completamente, alertou.
Neste contexto, a jornalista citou Veneza, na Itália, com o fenômeno chamado Acqua Alta, em que a elevação do nível do mar faz com que inunde as zonas baixas da cidade. Projetos para impedir o avanço das águas foram criados há uma década, mas, segundo a jornalista, estão sem conclusão até hoje.
Bridi também falou do aumento da emissão dos gases que provocam o efeito estufa, do desmatamento ilegal da Amazônia e das mudanças climáticas no nosso país. As secas da Amazônia estão cada vez mais intensas. A cada ano, em média, o ponto mais seco do rio fica 10 centímetros mais baixo. E isso é muita coisa. Muita floresta que deveria estar alagada, fica seca. A floresta começa a morrer espontaneamente. Além disso, essas secas cortam a comunicação das pessoas, que dependem de barcos para se locomover, disse a jornalista.
Na rodada de perguntas dos internautas, Sônia Bridi mencionou a importância das boas iniciativas em prol da preservação do meio ambiente, a exemplo do Prêmio Biguá de Sustentabilidade, que divulga atitudes positivas no Sul do Estado. Nenhuma atitude de ser sustentável é inútil. Toda pequena atitude é útil e faz a diferença. O que minha sacola plástica fará no planeta? Precisamos pensar que somos 8 bilhões, e o impacto de cada um é importante. O que pudermos mudar em nossa atitude, faz diferença, ressaltou.
Para o diretor-geral da Rede Gazeta, Café Lindenberg, mesmo em um momento difícil para o meio ambiente, a luta pela sustentabilidade não pode parar. É importante a gente colocar o debate do meio ambiente em evidência, principalmente, na conjuntura atual. Então, aqui está: estamos lançando a nona edição do Prêmio Biguá, disse.
O Governador do Estado, Renato Casagrande, também parabenizou o evento. O prêmio tem a capacidade de mobilizar profissionais, agricultores, estudantes e escolas para discutir temas ligados a sustentabilidade. Este ano a TV Gazeta Sul fará uma expedição pelo Rio Itabapoana, que ao lado do Itapemirim são duas grandes bacias do Sul Estado. Nosso desenvolvimento está vinculado a capacidade de explorarmos essas duas bacias de forma sustentável. Que este prêmio possa ainda mais incentivar as pessoas a participarem da proteção do meio ambiente, disse Casagrande.
A partir do lançamento, as inscrições foram abertas pelo site e vão até o dia 30 de setembro, pelo link agazeta.com.br/premiobigua ou por meio dos escritórios do Incaper dos municípios do Sul do Estado.
Este ano, podem participar iniciativas sustentáveis nos seguintes segmentos: escola, ensino superior, sociedade civil, produtor rural, empreendedor ambiental e prefeitura municipal. Além de valores em dinheiro, os projetos serão homenageados com troféus e as categorias escola e ensino superior recebem aparelhos de TV.
A ambientalista Dalva Ringuer, uma das juradas que avaliam os projetos ambientais inscritos desde o início da premiação, parabenizou a iniciativa do lançamento no formato digital. O projeto cresceu. Muitas pessoas que trabalhavam como anônimas, com a criação do prêmio, em 2012, começaram a mostrar seus projetos e, com isso, incentivar outras pessoas a fazer o mesmo. Esta é a marca que o Biguá tem deixado, que tudo é possível e todos podem, desde ações pequenas, completou.
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