Tem capixaba se destacando na olimpíada acadêmica mais difícil do Brasil. Guilherme José Moreira Hullemam, de 13 anos, estudante da Escola Municipal Professor Nicolau Klohling, em Marechal Floriano, recebeu uma menção honrosa - equivalente ao quarto lugar- na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), sendo o único premiado do Espírito Santo. O resultado foi divulgado nessa quarta-feira (18) durante uma live nas redes sociais.
No ano passado, o estudante levou para casa a medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) e, por isso, foi classificado para a etapa nacional. A prova foi realizada no dia 10 de outubro, na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
O talento e aptidão de Guilherme com os números já foi reconhecido em outras premiações. Ele é medalhista na Ouro na Olimpíada Canguru de Matemática, na Itabirana, Mandacaru e tricampeão da Olimpíada Florianense de Matemática (OFMAT).
“Atualmente ele está no sétimo ano, mas ele começou a se destacar no quarto. Nessa época, um professor viu potencial nele e passou a incentivá-lo”, disse Sônia Linhares Moreira Hullemam, mãe do estudante.
Por ser multimedalhista e estudante de escola pública, o adolescente ingressou neste ano no Instituto Ponte - organização não governamental que visa mudar a realidade de jovens e adolescentes de baixa renda por meio da educação. Para se preparar, Guilherme refez provas dos anos anteriores e acompanhou a correção realizada por professores. “Eu acho a matemática bem desafiadora e gosto de desafios”, disse.
Há quem duvide que é possível ficar tranquilo antes de uma prova. Mas o medalhista prova o contrário. Em conversa com a reportagem de A Gazeta, Guilherme contou que sabia da importância do exame, mas mentalizou que iria dar o seu melhor e o resultado era apenas consequência. “Se eu conseguisse um bom resultado seria ótimo. Mas se fosse o contrário, não seria um problema”, afirmou.
Agora, o estudante alimenta expectativas para o próximo ano. A meta é buscar o ouro na próxima edição e, em consequência disso, participar da etapa internacional. Para alcançar os objetivos, ele conta com o apoio dos pais. “Meu pai é motorista carreteiro e minha mãe é dona de casa. Eles sempre me apoiam e falam que, apesar das minhas conquistas, preciso estudar mais para alcançar voos ainda mais altos”, finalizou.
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