Uma tartaruga foi encontrada morta dentro de uma mochila que estava boiando entre a Ilha do Frade a Praia de Camburi, em Vitória, na manhã desta quinta-feira (23). Foi o professor de canoa havaiana Estevão Galacho, de 28 anos, que teve a surpresa desagradável quando voltava de uma aula. Em um vídeo, ele mostrou como estava o animal e disse que, em dez anos de experiência no remo, a cena foi a "mais bizarra" que já encontrou.
Em contato com a reportagem de A Gazeta, o professor afirmou que já viu tartarugas mortas no mar em outros momentos, mas foi a primeira vez que encontrou o animal dentro de uma mochila.
"Desse jeito eu nunca encontrei. Já vi muitas tartarugas mortas, presas em rede ou boiando. Mas foi a primeira vez que peguei uma tartaruga em uma mochila. Na hora que eu peguei, tive que abrir para ter certeza que era uma tartaruga", afirmou.
Estevão e os alunos da segunda turma do dia voltavam da atividade quando viram um item vermelho no mar. Em um primeiro momento, desconfiaram que seria uma almofada. Chegando mais perto da mochila, perceberam que o bicho que estava morto.
"Quando cheguei perto, vi que era uma mochila. Levantei, coloquei dentro da canoa, abri o zíper e vi a tartaruga. Ela não tinha nenhum sinal de doença, morreu porque estava na mochila. O motivo eu não sei. Isso é uma loucura", completou.
O vídeo foi divulgado nas redes sociais do Projeto Pegada, organização não governamental ligada ao meio ambiente. No último dia 13, o Pegada divulgou imagens de arraias encontradas mortas em um trecho da Praia de Camburi, também em Vitória. O que chamou a atenção foi a quantidade de arraias mortas no chão e boiando na água. Algumas estavam até com parte do corpo cortado.
Na publicação desta quinta-feira (23) que mostra a tartaruga morta, o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo, Felipe Rigoni, se pronunciou sobre o caso. Na postagem, ele escreveu: "Que absurdo, e que notícia triste! Tomaremos providências".
Após receber as imagens da tartaruga, a reportagem de A Gazeta procurou a Prefeitura de Vitória e a Secretaria de Meio Ambiente do Espírito Santo.
Em nota, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) informou que o setor de fiscalização está apurando e investigando a situação. Neste caso específico, os técnicos devem avaliar, segundo a prefeitura, se a causa da morte da tartaruga envolveu pesca irregular, causa natural, envenenamento, choque com embarcação, dentre outras situações que podem estar relacionadas com o caso.
A Semmam reforçou que a fiscalização na capital ocorre de forma rotineira com diligências devidamente organizadas - no manguezal, baía de Vitória e na APA Baía das Tartarugas -, com ações embarcadas e por terra, visando alcançar os resultados positivos. Em 2022, foram realizadas mais de 100 operações. Neste ano, até o momento, 35 ações foram promovidas. Denúncias podem ser feitas à Prefeitura de Vitória por meio do Fala Vitória 156.
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