Depois de uma leve redução no domingo (07), a taxa de ocupação de leitos de UTI para pacientes com a Covid-19 voltou a subir nesta segunda-feira (08) e chegou a 84,22% no Estado. O crescimento foi de um ponto percentual, mantendo o indicador no nível dos últimos dias, sempre acima dos 80%, o que aponta um cenário crítico na demanda por vagas de internação para os quadros mais graves da doença.
A Grande Vitória é a região onde a taxa se encontra mais elevada, chegando a 88%. O Hospital Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, referência para atendimento a pacientes infectados pelo coronavírus, tem 250 leitos e 83% estão ocupados. Mas o problema também é registrado no interior, e hospitais do Norte e do Sul já alcançaram índices superiores a 80%. A região Central é a que, no momento, apresenta o menor nível de ocupação, com 42,86%.
A pressão sobre o sistema de saúde pode levar à decretação do lockdown, que prevê o bloqueio total de atividades nos municípios que atingirem o risco extremo de transmissão do coronavírus. Um dos indicadores é justamente a taxa de ocupação dos leitos de UTI em 91% ou mais no Espírito Santo.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) tem um plano de expansão da oferta, inclusive com a compra de vagas em hospitais filantrópicos e particulares, mas há um limite financeiro e de pessoal para a ampliação. Nesta segunda, o secretário de Governo, Tyago Hoffmann, em entrevista à TV Gazeta, afirmou que, na UTI, esse limite é em torno de 800. Hoje, o Estado dispõe de 602 vagas. Mas, chegando perto dessa capacidade, ele frisou que os médicos começarão a ter que escolher quem vai viver.
Por essa razão, os órgãos do governo destacam que a medida mais efetiva para reduzir a demanda por internação é ter menos pessoas infectadas, objetivo que, atualmente, pode ser alcançado com a adoção do distanciamento social. As taxas de isolamento, ao contrário da ocupação de leitos, continuam em queda. O pior resultado foi na sexta-feira (5), com 44,68% - quando o mínimo recomendado é de 55%.
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