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Teatro no presídio: internos encenam peça para ajudar na ressocialização no ES

Teatro no presídio: internos encenam peça para ajudar na ressocialização no ES

Reeducandos apresentaram história escrita pelo dramaturgo inglês William Shakespeare. Familiares também puderam assistir por transmissão ao vivo

Publicado em 26 de maio de 2022 às 12:43

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Abrem-se as cortinas, começa o espetáculo. Por trás das caracterizações, figurino e maquiagem estão 25 jovens reeducandos do sistema prisional de Linhares. Depois de mais de um mês de ensaios, chegou a hora deles apresentarem a peça “Sonho de uma Noite de Verão”, comédia escrita pelo dramaturgo inglês William Shakespeare.

A história, uma grande confusão amorosa, que mistura realidade e fantasia, arrancou risadas e aplausos da plateia composta por reeducandos. As famílias dos atores também puderam acompanhar tudo por uma transmissão ao vivo. O momento de lazer se tornou de alegria e diversão.

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A gente chegou aqui não com intuito de estudar, mas de ter uma remissão. Hoje nós temos outros olhos. Incorporamos uma peça, uma música com outro gosto, uma vontade imensa de fazer parte do projeto e dar o nosso melhor

Alex de Assis Pereira da Silva
Reeducando
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Quem organizou a peça foi a professora Cristiani Portes. Ela contou como foi o trabalho com os jovens e o que o teatro proporciona para eles. “Muitos não tiveram oportunidade de estudar. Através desse cenário, da encenação e tudo que a gente construiu, eles puderam estar expondo as dificuldades, desilusões amorosas, as fantasias e sonhos”, comentou a professora.

Atores preparados para entrar em cena no Centro de Detenção e Ressocialização de Linhares
Atores preparados para entrar em cena no Centro de Detenção e Ressocialização de Linhares. (Juliano Gomes)

O trabalho é pensado para promover transformações na vida dos jovens que cumprem pena no Centro de Detenção e Ressocialização de Linhares (CDRL) em mais uma etapa no processo de ressocialização. “A gente se transforma em uma nova pessoa, tem uma perspectiva de vida e isso nos ajuda bastante", relatou o reeducando Ritielis Pereira da Rocha.

O diretor do CDRL, Rodrigo Merçon, explicou que atividades como essa mudam a maneira como os reeducandos veem o retorno para a sociedade.

“O ganho é muito grande. A questão da indisciplina se perde quase que por completo. Quando você oportuniza para o ser humano, o retorno é enorme. Eles se posicionam de forma diferente para a execução penal, entendem o processo que eles têm que cumprir e se colocam de uma maneira diferente para a vida, para serem novamente inseridos na sociedade”, afirmou Merçon.

Com informações de Ariele Rui, da TV Gazeta Norte

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