Antes do caso de uma arquiteta de Vitória que ficou em dúvida se recebeu de fato a dose da vacina contra a Covid-19 no último sábado (12) na unidade de saúde em Ilha de Santa Maria, uma idosa que procurou a unidade de Santo André para receber a primeira dose do imunizante em abril deste ano também questionou a conduta do aplicador da vacina. No caso dela, as imagens gravadas por uma pessoa da família mostram que a agulha chegou a ser introduzida, mas o embolo da seringa não foi pressionado pelo técnico em enfermagem. A Prefeitura de Vitória afastou o profissional da saúde de suas atividades na ocasião e, nesta quarta-feira (16), confirmou que ele segue afastado.
A suspeita da prática de "vacina de vento" também levou a Secretaria Municipal de Saúde a abrir um procedimento administrativo disciplinar (PAD) para avaliar a conduta do técnico em enfermagem. Ao tomar ciência do fato, a Semus informou que a direção da unidade afastou preventivamente o aplicador da vacina até que o processo fosse concluído. Além da exoneração, o trabalhador pode ser multado em até R$ 29 mil pela ação.
A idosa foi vacinada assim que a situação foi identificada. Passados praticamente dois meses do caso envolvendo a idosa, a averiguação interna promovida pela pasta municipal ainda não foi concluída. Em nota, a Semus informou que o profissional segue afastado das funções e que este, e o caso mais recente da arquiteta, são situações isoladas, não exemplificando a vacinação promovida na Capital.
"A Secretaria Municipal de Saúde de Vitória (Semus) informa que, sobre a situação ocorrida no mês de abril envolvendo uma idosa cuja vacina contra a Covid-19 não foi aplicada, um servidor está sendo investigado e segue afastado até a conclusão do processo administrativo disciplinar (PAD). A Secretaria destaca que o caso em tese não pode ser generalizado diante do sucesso da imunização na Capital. Vitória já aplicou 244.086 doses da vacina contra a Covid, sendo 175.096 da primeira, o que representa 47,8% da população vacinada, e 68.990 da segunda dose", detalhou, em nota.
A secretaria ainda reforçou que, além das penalidades após a apuração do PAD, segundo a Lei nº 11.240, de 29 de março de 2021, se comprovada a infração do agente público, será aplicada multa de até 8.000 (oito mil) Valores de Referência do Tesouro Estadual – de acordo com a Fazenda, 1 VRTE's equivale a R$ 3,64 no ano vigente. Desta forma, a multa máxima pode chegar a R$ 29 mil.
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