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Terceira Ponte: ES diz não dever R$ 300 milhões à Rodosol e pede novo cálculo

Terceira Ponte: ES diz não dever R$ 300 milhões à Rodosol e pede novo cálculo

O Estado pediu ao Tribunal de Contas a impugnação do estudo para que as contas sejam refeitas; Renato Casagrande não descarta judicializar a questão

Publicado em 11 de outubro de 2023 às 17:58

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Praça de pedágio da Terceira Ponte: cobrança automática atualmente é aceita apenas pelo TAG da Rodosol
Praça de pedágio da Terceira Ponte: concessão termina em 22 de dezembro deste ano. (Fernando Madeira)

governo do Estado solicitou ao Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCES) a impugnação do estudo que apontou que a administração estadual deve à empresa Rodosol. A estimativa é de que a dívida oscile entre R$ 300 milhões e R$ 350 milhões. O valor equivale a perdas ocorridas ao longo da concessão, que termina em 22 de dezembro deste ano, no chamado desequilíbrio econômico-financeiro do contrato.

Contudo, segundo o procurador-geral do Estado, Jasson Hibner Amaral, a demanda é para que a conta seja refeita. "Na semana passada, a PGE apresentou uma impugnação em relação às conclusões a que se chegaram nesse estudo", disse.

Por discordar dos resultados, o governo pediu ao TCES que o cálculo seja refeito, diminuindo o valor da Taxa Interna de Retorno (TIR). A TIR é a expectativa de lucro que o empresário terá na concessão, caso todas as premissas apresentadas no estudo/modelagem sejam cumpridas.

Segundo o estudo feito pela Fundação Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos (Coppetec), contratada pela Agência de Regulação de Serviços Públicos (Arsp), a TIR do contrato da Rodosol era de 16,8%, o que teria garantido ao longo dos 25 anos de concessão “ganhos extraordinários a seus investidores, haja vista a mudança de cenário macroeconômico."

"Não temos o número a qual essa conta (com a nova TIR) vai chegar e não sabemos ainda qual será o entendimento do Tribunal de Contas, mas nós realmente questionamos o valor apurado pela agência reguladora através desse estudo", afirmou o procurador-geral.

O governo também determinou que o Departamento de Edificações e Rodovias (DER) e a Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) analisem o estudo.

"Além de (questionar a) TIR, chamamos o DER e a Semobi porque tem alguns outros pontos do relatório que podem ser questionados, pode ter algum outro ponto que nós não concordamos", pontuou o governador Renato Casagrande.

Casagrande também não dispensou a possibilidade de judicializar a questão, caso não seja encontrada uma solução no âmbito do Tribunal de Contas.

"Vamos fazer um debate junto ao Tribunal de Contas, que talvez possa ser judicializado, para a gente debater de fato a finalização desse contrato. "

De onde veio a dívida, segundo o estudo?

O estudo apresentado pela Coppetec apontou que foram identificados 41 fatos geradores de desequilíbrio, “dos quais 36 tiveram convergência de entendimentos." Eles foram divididos em três grupos e podem ter resultados negativos ou positivos, caso tenham sido ou não executados, ou incluídos na conta final. São eles:

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RECEITA:

DESPESA:

Público de Infraestrutura Viária

INVESTIMENTO:

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