Menos de um mês após a inauguração das obras de ampliação da pista e da ciclovia da Terceira Ponte, realizada no dia 27 de agosto, alguns usuários das vias, tanto para carros quanto bicicletas, apontaram problemas nas estruturas, como desnível de pista e ainda espaçamento entre as grades de proteção da ciclovia, falta de fixadores nas grades de proteção, entre outras situações.
Diante das queixas, o Ministério Público do Espírito Santo enviou, no dia 13 de setembro, uma notificação para a Secretaria de Estado de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi), recomendando que realize uma vistoria com equipe técnica especializada em todo o percurso.
O MPES também deu prazo de 10 dias, a partir da notificação, para reparo das irregularidades noticiadas ao órgão, bem como outras que possam surgir na inspeção. O objetivo do Ministério Público, segundo o documento, é garantir a segurança dos capixabas que usam a Terceira Ponte.
Os 12 problemas apontados pelo MPES na obra da Terceira Ponte:
A Semobi informou, em nota, que não recebeu a notificação do Ministério Público sobre a vistoria nas obras de ampliação da Terceira Ponte e da Ciclovia da Vida. "De todo modo, a pasta está à disposição dos órgãos reguladores e demais instituições competentes para dialogar sobre o equipamento entregue", frisou.
A respeito dos problemas apontados na obra, a Semobi afirmou que o trecho pavimentado na ampliação da Terceira Ponte está em perfeitas condições. Mas reconheceu que alguns serviços estão pendentes de finalização, como pintura na chegada a Vila Velha, pois dependem da estabilização do período de sol para execução.
Sobre as estruturas metálicas da ciclovia, a Semobi afirmou que, obedecendo padrões técnicos, não podem ficar rigidamente conectadas entre si quando há mudança no tipo de material da estrutura da ponte. "Por esse motivo, há um espaçamento nas juntas. A equipe técnica esteve no local e fez ajustes, a fim aumentar a sensação de segurança dos usuários. Toda a via está com grades devidamente instaladas e não apresentam nenhum risco à circulação dos ciclistas", garantiu.
Segundo a Semobi, não há ferrugem na via. O órgão explicou, ainda em nota, que toda a estrutura metálica é em aço corten, material de alta resistência e durabilidade, que recebe tratamento especial para evitar corrosão pela umidade e maresia. Sua coloração remete ao ferrugem. E, em alguns trechos, considerando marcas de parafusos retirados ou juntas, a pintura pode sair e deixar o próprio aço aparente.
"A Semobi esclarece que está observando os trechos que receberam obras para corrigir e realizar ajustes pontuais, quando necessário", finalizou.
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