A versão inicial desta reportagem dizia erroneamente que carros por aplicativos estão autorizados a passar pela faixa exclusiva. Essa parte da via fica restrita a ônibus, táxis e motos. A informação foi corrigida.
Um dos mais tradicionais cartões–postais do Espírito Santo, a Terceira Ponte passou por alterações visando melhorar aspectos de mobilidade. Além da construção da Ciclovia da Vida Detinha Son, a ponte em si foi ampliada e vai ganhar mais uma faixa de rolamento em cada sentido. E, como em toda mudança, algumas dúvidas aparecem. Por isso, A Gazeta reuniu os principais questionamentos sobre o funcionamento das duas estruturas, inauguradas neste domingo (27).
Em uma live transmitida no último dia 15 pelo site A Gazeta, o secretário de Estado de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi), Fábio Damasceno, falou sobre o que muda no acesso, no funcionamento e sobre algumas regras de circulação.
Nos primeiros 45 a 60 dias, não. De acordo com o secretário, logo no início do período de funcionamento, é possível que muitas pessoas passem pela ciclovia para conhecer. Despois, há previsão é de que será necessário usar o Cartão GV (o mesmo usado no Sistema Transcol). Não haverá, no entanto, uma cobrança e nenhum débito será feito no cartão.
Sim. Um portão ficará aberto das 5h30 até às 22h30. O período em que o acesso estará fechado servirá para que sejam feitas manutenções e limpezas, além de ser uma questão de segurança.
As regras seguirão o Código Brasileiros de Trânsito (CTB) e as resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). De acordo com a resolução 996/2023 do Contran, skates e patinetes elétricos podem andar na ciclovia. Já bicicletas, somente as de propulsão humana, que são aquelas onde um há um motor para dar uma força, mas que é acionado ao pedalar. Esses meios de transporte têm velocidade limitada a 32 Km/h. Além, claro, das bikes tradicionais. Motos elétricas não poderão ir pela ciclovia.
Não. Mesmo quando for necessário o uso do cartão, o espaço é destinado a ciclistas e demais usuários de meios de transporte permitidos pelo Código Brasileiro de Trânsito. Inicialmente, ações para informar, como placas, serão instaladas na entrada. Com base em fiscalização de videomonitoramento, o governo pretende avaliar se ações adicionais serão necessárias para que as pessoas não façam o trajeto a pé.
Mas se o cansaço bater, não tem problema descer da bicicleta e empurrar. "Aí faz parte do processo da bicicleta. O ideal é que não, mas faz parte. É por isso, também, que a ciclovia tem sentido único", disse Damasceno na live. As medidas da ciclovia, que tem 3 metros de largura, levam em consideração essa possibilidade, segundo o secretário.
Isso, obviamente, depende de quem pedala. Nos testes realizados pela equipe do governo, estima-se que o trajeto dure, em média, de 10 a 15 minutos. Isso se for feito sem parar. Um dos atrativos da ciclovia é o mirante. "Quem pedala mais, (faz o percurso) em 15 minutos sem parar no mirante", estima Fábio. "Vai ter a paradinha do mirante, com certeza, porque vale a pena. É lindo demais. A vista é maravilhosa dos dois lados", destacou.
Mesmo que pareça apenas uma questão burocrática, quem administra a via pode, sim, fazer diferença no uso. Durante muitos anos, a Terceira Ponte foi administrada pela Rodosol. Essa concessão, no entanto, termina em dezembro. A ciclovia, inicialmente, vai ser gerida pelo governo do Estado. Assim como já há um estudo para uma nova concessão da Terceira Ponte, a parte destinada às bikes também pode ficar a cargo de uma empresa privada.
Para essa pergunta ainda não há uma resposta definitiva. Com a Ciclovia da Vida e a inauguração do Aquaviário — em funcionamento desde o último dia 21 e que conta com um bicicletário —, a Semobi informou que vai avaliar o uso do serviço utilizado para transportar ciclistas entre Vitória e Vila Velha. Por enquanto, ele segue funcionando sem nenhuma mudança.
Quem passa por lá com frequência já sabe que a resposta é sim. A Terceira Ponte também passou por obras, foi ampliada e passará a contar com mais faixas, sendo uma delas destinada a ônibus, táxis, veículos de emergência e motocicletas. Anteriormente, a ponte tinha quatro faixas de rolamento, duas em cada sentido. Agora, ela passa a ter seis, três no sentido Vitória e três no sentido Vila Velha.
Como dito na resposta acima, as motos vão ter uma faixa específica na Terceira Ponte, junto aos ônibus e táxis. Quem andar fora dessa faixa, num primeiro momento, não será penalizado. No início, o governo pretende apostar em ações para orientar os motociclistas a usarem a faixa exclusiva ao invés do “corredor” (espaço entre veículos no trânsito).
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