O Terminal de Itaparica, em Vila Velha, reinaugurado há duas semanas, não resistiu à forte chuva da madrugada e da manhã deste domingo (07). Passageiros que passaram pelo local precisaram se equilibrar entre poças d'água que se acumularam nos pontos de acesso aos ônibus. A água da chuva escorria por algumas colunas e outras apresentaram goteiras.
As colunas localizadas do lado esquerdo do terminal, considerando quem está saindo do local, foram isoladas com fitas. As do lado direito não tinham a sinalização. Mas o vazamento foi verificado nos dois lados.
As colunas foram construídas para escoar a água da chuva por um cano, mas não foi isso que aconteceu. A Gazeta esteve no local e registrou vídeos e fotos que demonstram os vazamentos. O resultado foi a formação de grandes poças d'água, que causaram transtornos para os usuários.
O novo terminal foi inaugurado no último dia 22, após dois anos fechado para obras. Em dezembro de 2020, parte da lona que estava sendo instalada cedeu com o acúmulo de água da chuva.
A reportagem procurou o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Espírito Santo (DER-ES), responsável pela construção do terminal, e a Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Ceturb/ES), mas até a publicação deste texto não obteve respostas.
Diante dos vazamentos na estrutura reinaugurada, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-ES) afirmou que na manhã de segunda-feira (8) vai fazer uma vistoria no local. Será realizada, de acordo com a instituição, uma vistoria fiscal para análise da documentação e uma vistoria das condições da estrutura.
O Terminal de Itaparica, entregue em 2009, custou R$ 12 milhões aos cofres públicos. Em julho de 2018, o terminal foi interditado após uma vistoria encontrar irregularidades na estrutura que ameaçavam a segurança dos passageiros. Na época, cerca de 45 mil pessoas passavam pelo local diariamente, nas 33 linhas de ônibus que paravam ali.
Com a interdição, as linhas tiveram de ser transferidas para outros terminais, o que causou transtorno para os usuários.
O prazo prometido de entrega da estrutura reformada era em 2019, mas o prazo foi adiado por duas vezes. O antigo teto foi demolido ainda em novembro de 2019, a pedido do Instituto de Obras Públicas do Espírito Santo, após consulta com um perito.
O projeto era colocar lonas tensionadas para maior conforto térmico e proteção em épocas de chuva. Mais de um ano depois, em dezembro de 2020, essa cobertura que estava sendo instalada cedeu com o acúmulo de água da chuva. Após dois anos de obras, no dia 22 de janeiro de 2021, o governo inaugurou a nova estrutura.
Após A Gazeta divulgar a situação do terminal com os vazamentos e acúmulo de água da chuva, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-ES) informou que fará uma vistoria na documentação e na estrutura do local nesta segunda-feira (8). O texto foi atualizado com a informação.
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