O número de testes positivos para o coronavírus no Espírito Santo saltou 3.628,36% em um intervalo de um mês, segundo dados do Painel Covid-19, atualizado diariamente pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Entre 1º de e 30 de outubro, foram registrados 677 casos em território capixaba. Nos 30 dias seguintes, entretanto, o número passou a 25.241, sob influência da nova variante do coronavírus, chamada de BQ.1, que tem se disseminado rapidamente.
A maioria dos casos está concentrada na Grande Vitória. Somente em Vila Velha, foram registrados 5.293 casos nos últimos 30 dias. Na Capital, foram 3.850 registros. Em seguida, aparecem Cariacica e Serra, com 2.803 e 2.802 confirmações, respectivamente. Linhares (1.702) e Aracruz (1.015), na Região Norte, também ultrapassam a casa dos mil.
Em entrevista a A Gazeta, no dia 13 de novembro, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin apontou que o rápido crescimento do número de casos já indica que está em andamento uma nova onda do coronavírus.
Não é, porém, o momento mais crítico registrado desde o início da pandemia, há quase três anos. Em janeiro deste ano, em um único dia, foram registrados 22.660 casos, no pico máximo do vírus. Em julho, em um dia, houve 6.613 confirmações.
Considerando os números acumulados entre 31 de outubro e 29 de novembro, no momento atual, a média é de cerca de 841,3 casos por dia. Ainda não houve repercussão desse aumento em número de óbitos. Ao longo do mês, foram registradas 16 mortes.
O aumento de casos, entretanto, ainda preocupa, e, nas últimas semanas, o uso de máscaras de proteção voltou a ser recomendado com maior intensidade, sobretudo em espaços fechados. Em aeroportos e aviões de todo o país, a utilização do item tornou-se novamente obrigatória.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também autorizou o uso emergencial da vacina bivalente da Pfizer contra a Covid-19 como dose de reforço na população acima de 12 anos de idade.
As vacinas bivalentes, que devem chegar ao Brasil ainda no início de dezembro, são mais atualizadas e contêm uma mistura de cepas do vírus SarsCov-2, garantindo uma proteção maior contra as novas variantes. Os imunizantes aprovados são:
O Ministério da Saúde reforçou que os brasileiros precisam tomar as doses de reforço contra o coronavírus para uma efetiva proteção.
“Mais de 77 milhões de pessoas deixaram de comparecer aos postos de vacinação para receber a primeira dose de reforço. Estudos mostram que a estratégia de reforçar o calendário vacinal aumenta em mais de cinco vezes a proteção contra casos graves e óbitos pela Covid-19”, ressalta o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
A pasta ressalta, entretanto, que as doses disponíveis neste momento nas salas de vacinação de todo Brasil são eficazes contra a doença e protegem contra casos graves e óbitos. “Os brasileiros devem procurar os postos de vacinação mesmo após o prazo para a dose de reforço.”
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