Até esta quinta-feira (11), o Espírito Santo já contava com 207.420 doses de vacinas contra a doença causada pelo novo coronavírus, segundo o Painel Covid-19, ferramenta da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Elas foram destinadas à imunização dos grupos prioritários.
Mas quem são as pessoas que fazem parte dos grupos? Quem explica é a coordenadora do Programa Estadual de Imunização da Sesa, Danielle Grillo, pautada ainda em resoluções publicadas pela secretaria e orientações do Ministério da Saúde. Confira:
De acordo com o Plano Nacional de Vacinação (PNI), nesta primeira fase vão ser imunizados os trabalhadores da saúde, indígenas, idosos e pessoas com deficiência que vivem em instituições de longa permanência. E foram incluídos os idosos com 75 anos ou mais. Ocorre que, por falta de vacina, foram priorizadas as pessoas com 90 anos ou mais.
Os indígenas, os idosos e as pessoas com deficiência que vivem em instituições de longa permanência. A maioria das cidades também já imunizou os idosos com 90 anos ou mais. Já os trabalhadores da saúde estão sendo vacinados à medida que chegam doses da vacina. No Espírito Santo, 79% deste público já foi imunizado.
De acordo com o Programa Estadual de Imunização, todos os municípios já conseguiram vacinar os profissionais que atuam na linha de frente à Covid-19. A fase atual é de atender os demais trabalhadores da saúde, iniciando pelos que possuem mais de 60 anos de idade, que é o item 10 da Resolução CIB 011/2021. O documento estabelece que a vacinação deste público deve seguir a seguinte ordem:
Pela Resolução CIB nº 013/2021, são trabalhadores dos serviços de saúde todos aqueles que atuam em espaços e estabelecimentos de assistência e vigilância à saúde, sejam eles hospitais, clínicas, ambulatórios, laboratórios e outros locais.
Assim, podem ser contemplados com a vacinação os seguintes profissionais da saúde (ex. médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, biólogos, biomédicos, farmacêuticos, odontólogos, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, médicos veterinários e seus respectivos técnicos e auxiliares).
E ainda os trabalhadores administrativos e de apoio (ex. recepcionistas, seguranças, trabalhadores da limpeza, cozinheiros e auxiliares, motoristas de ambulâncias e outros), ou seja, todos aqueles que trabalham nos serviços de saúde. Inclui-se ainda aqueles profissionais que atuam em cuidados domiciliares (ex. cuidadores de idosos, doulas/parteiras), bem como funcionários do sistema funerário que tenham contato com cadáveres potencialmente contaminados
A vacina também será ofertada para acadêmicos em saúde e estudantes da área técnica em saúde em estágio hospitalar, atenção básica, clínicas e laboratórios.
Segundo a Resolução CIB nº 013/2021, eles deverão apresentar um dos seguintes documentos: crachá, contracheque, contrato de trabalho, carteira de trabalho ou carteira do conselho de classe.
No caso dos acadêmicos em saúde e estudantes da área técnica em saúde em estágio hospitalar, atenção básica, clínicas e laboratórios, deverá ser apresentada declaração emitida pela coordenação do curso descrevendo o período e o local onde será o estágio.
Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Danielle Grillo, se for um trabalhador da saúde e apresentar os documentos que comprovem ser trabalhador da área, a pessoa pode ser vacinada.
Segundo a Lei Orgânica do Sistema Único de Saúde (SUS), o atendimento é universal, não havendo barreira de cidade ou estado, bastando a pessoa buscar o serviço de atendimento médico, incluindo o de vacinação. Mas se em decorrência de atendimento de moradores de outra cidade, um município enfrentar esgotamento de vacina, poderá haver uma compensação futura entre os municípios.
Danielle Grillo explica que ao enviar as remessas de vacinas para os estados, o Ministério da Saúde já define o percentual de doses para cada tipo de público prioritário.
“Na última remessa enviada para o Espírito Santo, no domingo (07), foram destinadas 100% das doses para os idosos de 90 anos ou mais. Recebemos ainda um quantitativo extra equivalente a 6% do que foi enviado, um incremento de doses destinadas aos trabalhadores da saúde. E a partilha com os municípios segue o mesmo critério”, explica Danielle.
Nas primeiras remessas de vacinas enviadas para o Estado, por exemplo, o quantitativo destinado aos trabalhadores da saúde só permitia vacinar 34% dos profissionais.
As doses das vacinas só podem ser utilizadas para o público definido segundo os critérios do Ministério da Saúde. “As doses destinadas aos idosos são utilizadas somente para a imunização de idosos. Assim como as que forem destinadas aos trabalhadores da saúde não podem ser utilizadas em outros públicos”, explica Danielle Grillo.
As doses que porventura sobrarem após a vacinação de todos os idosos com 90 anos ou mais vão ser utilizadas na vacinação das pessoas com idade inferior a 90 anos, seguindo os critérios estabelecidos na Resolução CIB nº 013/2021.
“À medida que houver disponibilidade de vacinas por excedente das doses disponibilizadas pelo Ministério da Saúde para o público de idosos ou devido à entrega de novos lotes, conforme ordem de prioridade”, diz o texto da resolução. A ordem é a seguinte:
Isto será feito, segundo Danielle Grillo, até que o público prioritário de 75 anos ou mais seja vacinado. Cada cidade adotará seus critérios para convocar este público.
De acordo com o Plano Nacional de Imunização (PNI), em uma segunda fase da vacinação, que ainda não possui data prevista, vão ser vacinados os idosos de 60 a 74 anos. Numa terceira fase, serão imunizadas as pessoas que apresentam comorbidades, tais como diabetes, hipertensão, doença pulmonar, entre outras.
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