A suspensão do contrato de trabalho dos cobradores do Transcol será prorrogada por mais dois meses. Assim, os ônibus do sistema vão seguir sem aceitar dinheiro como forma de pagamento pelo menos até setembro.
Os cobradores foram retirados dos ônibus no dia 17 de maio, inicialmente por um prazo de dois meses, que se encerraria nesta semana. O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, possibilitou a ampliação dos prazos dos acordos de redução proporcional de jornada e de salário e de interrupção temporária do contrato de trabalho.
Com a decisão do governo Federal, o secretário de Estado de Mobilidade e Infraestrutura, Fábio Damasceno, assinou uma nova portaria definindo que essa suspensão pode durar mais dois meses, além do prazo previsto em maio.
Durante esse período de suspensão, os cobradores estão inclusos no Programa de Manutenção do Emprego e da Renda, do Ministério da Economia. O governo Federal paga um benefício aos trabalhadores para que eles não fiquem sem renda durante a interrupção dos contratos.
O programa garante estabilidade no emprego ao trabalhador durante a suspensão e pelo mesmo prazo da interrupção após o fim do acordo. Ou seja, os cobradores suspensos por quatro meses não podem ser demitidos em um período de oito meses.
Desde o dia 17 de maio, o cartão de passagem, conhecido como CartãoGV, é a única forma de pagamento aceita nos coletivos do Transcol. A medida foi adotada pelo governo do Estado, porque o dinheiro físico é considerado como um vetor de transmissão da Covid-19. Em maio, os rodoviários chegaram a fazer manifestações contra a decisão de retirar os cobradores dos ônibus, fechando várias ruas de Vitória.
Em um informe enviado aos filiados, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários no Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários) disse que foi comunicado nessa terça-feira (14) da mais recente decisão de prorrogar a suspensão dos cobradores.
O Sindicato afirmou que vai continuar "na luta pela manutenção dos postos de trabalho" e vai empenhar todos os esforços para cobrar "o compromisso do governo e empresários para essa manutenção".
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