O Sistema Transcol teve quase um ônibus por dia alvo de ataques criminosos em janeiro, até o momento. Alguns foram totalmente destruídos em incêndios e outros tiveram de voltar para as garagens após serem depredados. O prejuízo é milionário e afeta o cotidiano dos usuários do transporte coletivo na Grande Vitória.
Um levantamento do Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus), a pedido de A Gazeta, mostra que até esta segunda-feira (16) foram 15 coletivos alvo de ações criminosas.
Desse total, três ônibus foram incendiados e ficaram totalmente destruídos, sendo um deles um micro-ônibus – único modelo que consegue acessar os morros e as partes mais altas de Vitória.
Existem ainda os ônibus depredados. Esses coletivos são recolhidos e não podem voltar a operar até serem totalmente recuperados, o que pode demorar meses dependendo da avaria sofrida.
Dados do GVBus apontam que um coletivo convencional novo custa, em média, R$ 650 mil, já os micro-ônibus, cerca de R$ 520 mil. Desta forma, o prejuízo com os veículos totalmente destruídos chega a R$ 1,82 milhão.
Em nota, o sindicato lamentou os casos de vandalismo no transporte coletivo, alertando que os prejuízos recaem em todo o sistema, em especial nas empresas de ônibus, mas principalmente na população.
Embora os consórcios contem com veículos reservas para garantir a operação, a destruição de um ônibus gera transtornos, uma vez que um novo coletivo demora, em média, três meses para ser fabricado. E ainda há o período de trâmites legais até ele receber o aval para entrar em circulação.
Pela legislação vigente, os envolvidos em ataques a ônibus podem responder por crime contra o patrimônio público, por causar incêndio, expondo a vida e integridade física de outras pessoas e até por organização criminosa.
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