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Transmissão na Grande Vitória sobe e puxa média de contágio no ES

Transmissão na Grande Vitória sobe e puxa média de contágio no ES

Agora, o Estado enfrenta um efeito platô e a curva de número de casos e mortes pode voltar a aumentar nas próximas semanas. Os dados são do boletim do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN)

Publicado em 16 de outubro de 2020 às 16:30

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Máscara e mapa do ES
Transmissão da Grande Vitória sobe e puxa média de contágio no estado. (Teddy Rawpixel/Rawpixel/Montagem Editoria visual)

A média da taxa de transmissão do novo coronavírus (Covid-19) da Grande Vitória aumentou nas últimas semanas e, com isso, a média de contágio no Espírito Santo também aumentou. Agora, o Estado enfrenta um efeito platô e a curva de número de casos e mortes pode voltar a aumentar nas próximas semanas. 

Os dados são do boletim do Núcleo Interinstitucional de Estudos Epidemiológicos (NIEE). Na última sexta-feira (9), o Núcleo divulgou que o Estado estava com taxa de transmissão abaixo de 1 (0,82) e a Grande Vitória também (0,97). Essas taxas de contágio são referentes aos números do dia 18 ao dia 25 de setembro. 

Transmissão na Grande Vitória sobe e puxa média de contágio no ES

Já a análise mais recente, divulgada na última terça-feira (13), mostrou que a Grande Vitória passou para a taxa de transmissão 1.17. O aumento impactou diretamente na taxa de contágio do Estado, agora em 1.0. O Núcleo analisou a taxa média entre dias 2 e 15 de outubro. Os municípios que constam na tabela do NIEE como Grande Vitória são: Vitória, Vila Velha, Cariacica e Serra.

A taxa de transmissão acima de 1 significa que 100 indivíduos infectados podem passar a doença para outras 100 pessoas. Quando o Estado estava com taxa abaixo de 1 (0,82), cada 100 indivíduos infectados podiam infectar cerca de 82 pessoas. 

Em abril de 2020, por exemplo, a taxa estava em 3,44. Ou seja, 100 infectados eram capazes de transmitir o vírus para mais de trezentas pessoas. 

Também simbolizado por Rt, o "ritmo de contágio" é um número que traduz o potencial de propagação de um vírus. Para que a doença pare de avançar de forma rápida, o Estado tenta manter os indicadores abaixo de 1.

CURVA  DE CASOS PODE VOLTAR A SUBIR

De acordo com o professor Etereldes Gonçalves, membro do NIEE, a taxa de transmissão próxima de 1 significa que a curva de novos casos e mortes parou de descer. Ele completou que se o Rt ficar acima de 1 por um período de três a quatro semanas, a curva volta a subir. Hoje, segundo ele, estamos estacionados em um efeito platô.

"A taxa em torno de 1 já vem há umas três semanas anteriores da análise, estacionando em um platô alto, com média de 450 casos novos caso por dia.  Vale lembrar que nossa previsão inicial era chegar a 3.700 óbitos no final de outubro. Essa alteração na tendência de descida antecipou essa marca e devemos chegar a 3.700 hoje (16), pois ontem (15) foi divulgado o número de 3.694 mortes", contou. 

REGIÕES COM TAXA ACIMA DE 1

  • Grande Vitória (taxa: 1.17): Vitória, Vila Velha, Cariacica e Serra;
  • Metropolitana (taxa: 1.12): Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra, Fundão, Viana e Guarapari;
  • Central Serrana (taxa: 1.35): Santa Teresa, Itaguaçu, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Itarana;
  • Sudoeste Serrana (taxa: 1.17): Laranja da Terra, Afonso Cláudio, Brejetuba, Conceição do Castelo, Venda Nova do Imigrante, Domingos Martins, Marechal Floriano.

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