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Três anos após crime, acusados de matar médica não foram julgados no ES

Três anos após crime, acusados de matar médica não foram julgados no ES

A médica Milena Gottardi foi assassinada ao sair do trabalho em 2017. Seis acusados estão presos e aguardam a data da audiência

Publicado em 12 de setembro de 2020 às 15:39

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Data: 21/09/2017 - Milena Gottardi, de 38 anos, foi morta com um tiro na cabeça no estacionamento do Hucam, em Maruípe. A médica saía de um plantão e seguia para o carro quando foi abordada por um bandido de moto  - Editoria: Polícia - Foto: - NA
Milena Gottardi, 38 anos, morreu após ser baleada na cabeça no estacionamento do Hucam, em Maruípe. (Reprodução/Facebook)

assassinato da médica pediatra Milena Gottardi, de 38 anos, completa três anos nesta segunda-feira (14) e os familiares da vítima e os seis réus acusados de envolvimento no crime ainda aguardam julgamento no júri popular. A data ainda não foi informada pela Justiça.

No dia 14 de setembro de 2017, Milena foi baleada com um tiro na cabeça, no estacionamento do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam), em Vitória. Ela tinha acabado de sair do trabalho e estava acompanhada de uma amiga quando foi surpreendida por um homem que simulou um assalto.

A morte foi declarada no dia seguinte. Ex-marido da médica, o policial civil Hilário Frasson e o pai dele, Esperidião Frasson, foram denunciados como mandantes do crime. Eles teriam contratado dois intermediários, Hermenegildo Palauro Filho e Valcir da Silva Dias, para encontrar um atirador.

Dionathas Alves é apontado como a pessoa que realizou o disparo. Ele, por sua vez, solicitou ao cunhado Bruno Broetto uma moto, que foi usada no crime. De acordo com a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), todos estão presos.

Hilário está na Penitenciária de Segurança Média 1 desde o dia 8 de novembro de 2017. O pai dele, Espiridião, foi levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Viana 2 no dia 21 de setembro do mesmo ano. Valcir foi preso no mesmo dia e encaminhado para o CDP de Vila Velha.

Já Hermenegildo foi preso no dia 25 de setembro e levado para o CDP da Serra. Dionatas e Bruno estão no CDP de Guarapari desde o dia 17 de setembro, três dias após o crime.

JULGAMENTO

O crime chocou o Estado e o júri popular segue sem data. Para evitar o contágio pelo novo coronavírus, o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) anunciou a adoção do regime de teletrabalho no dia 20 de março. Em julho, o Judiciário informou que as atividades presenciais seriam retomadas a partir do dia 10 de agosto.

Para o advogado da família da médica Milena Gottardi, Renan Sales, a data da audiência ainda não foi definida por causa da pandemia. Ele acredita que os réus sejam levados ao Tribunal do Júri ainda neste ano.

Aspas de citação

O processo está absolutamente maduro para que o juiz marque o dia do julgamento. Acredito que não foi agendado por causa desse momento infeliz que a gente vem passando

Renan Sales
Advogado da família de Milena
Aspas de citação

Sales evidenciou a importância do trabalho realizado pela Polícia Civil, na condução da investigação, e do Ministério Público do Espírito Santo (MPES). Ele avalia que a partir das provas coletadas ao longo do processo, a Justiça vai declarar a condenação dos seis acusados de participação no crime.

“Houve vários recursos. Os réus buscaram recorrer por várias vias. Mas, de fato, os seis acusados devem ser levados a julgamento. Esses indivíduos são absolutamente perigosos, soltos eles colocam em risco a garantia da ordem pública e devem permanecer presos até a condenação, que é a decisão que nós acreditamos que vai ser alcançada no processo”, comentou.

O QUE DIZ A DEFESA DOS ACUSADOS


Milena Gottardi, de 38 anos, foi morta com um tiro na cabeça no estacionamento do Hospital Universitário (Hucam), em Maruípe, Vitória, em 14 de setembro de 2017 (Reprodução/Facebook)

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