Em reunião realizada entre a Administração Central da Ufes e representantes dos estudantes nesta quarta-feira (25), o reitor Paulo Vargas anunciou a ampliação do Programa de Assistência Estudantil da Ufes (Proaes-Ufes). As projeções são de que sejam incluídos no pagamento de auxílios financeiros os 1.021 estudantes que aguardam na lista de espera do programa. Além disso, está previsto o lançamento de um novo edital que contemple entre mil e dois mil novos beneficiários.
A ampliação dos recursos destinados à assistência estudantil foi possível a partir do descontingenciamento e desbloqueio de parte do orçamento da universidade. As restrições orçamentárias impediram a abertura do edital de cadastro no Proaes neste ano, o que afetou especialmente os ingressantes dos semestres 2020/2 e 2021/1.
Além do reitor, participaram da reunião o vice-reitor, Roney Pignaton, pró-reitores e estudantes membros do Fórum de Assistência Estudantil, do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e representantes discentes nos conselhos superiores.
O reitor Paulo Vargas destacou que a Administração Central da Ufes dá um passo importante ao disponibilizar recursos para suprir a demanda por assistência estudantil.
“Essa política é central para que nossos estudantes consigam realizar e concluir seus cursos. Nosso compromisso é promover educação de qualidade para todos, e, diante das desigualdades sociais, os instrumentos de inclusão são essenciais para que jovens das faixas de renda mais baixas tenham melhores condições para permanecer na Universidade. Por isso, após o descontingenciamento e desbloqueio do orçamento, ocorridos nas últimas semanas, decidimos reprogramar os valores. Com isso, mais de dois mil novos estudantes cadastrados na assistência estudantil da Ufes passarão a receber auxílios financeiros, o que corresponde a um acréscimo de cerca de 50% no número de atendidos pela Ufes”, destacou o reitor.
Luara Pereira, estudante de Ciências Sociais e membro do Fórum de Assistência Estudantil, comentou que este é um momento de conquista histórica, adquirido através de uma luta pela inclusão e ampliação da assistência estudantil. “O ensino remoto gera muitas implicações aos estudantes, como o aumento dos gastos com energia, alimentação, e aprofunda questões de desigualdade que já existem. O incremento da assistência é uma novidade muito bem-vinda e um alívio para quem já passa por uma situação de grande vulnerabilidade, em especial para quem mora fora de suas cidades, de suas redes de apoio”, afirmou ela.
Dados da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), coletados antes da pandemia, apontam que dois a cada três estudantes (66,2%) de instituições federais de ensino superior tem renda familiarper capita inferior a 1,5 salário mínimo. Atualmente, dentro do Proaes/Ufes, são 4.109 alunos que receberam benefícios pecuniários e outros 1.021 na lista de espera - os quais tem acesso a auxílios não pecuniários.
Com a chegada da pandemia, a vulnerabilidade social se agravou e aumentou a necessidade de políticas de apoio, comentou o pró-reitor de Assuntos Estudantis e Cidadania, Gustavo Forde. “Em um cenário de fortes restrições orçamentárias e empobrecimento de diversas famílias, esse aporte orçamentário trará um impacto positivo para centenas de estudantes que hoje aguardam a oportunidade de ter acesso aos auxílios. Essas políticas visam a reduzir as suas necessidades sob o ponto de vista material, contribuindo para a permanência na instituição e democratização do ensino superior”, completou.
No âmbito da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Cidadania (Proaeci), está sendo priorizado o planejamento e a execução do pagamento de benefícios dos estudantes que estão na lista de espera do Proaes, através de um edital que está previsto para ser publicado ainda no mês de agosto. Além disso, estão sendo elaborados editais para a inclusão dos ingressantes dos semestres 2020/2 e 2021/1 no programa ainda neste ano.
Para mais informações, acesse o site da Proaeci.
Com informações da Ufes
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