Quatro meses após a suspensão das atividades em decorrência da pandemia do novo coronavírus, a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) aprovou nesta terça-feira (14) um cronograma para a volta das atividades. A proposta é que as aulas sejam retomadas em um modelo de ensino remoto, cuja data inicial deverá ser definida até o dia 13 de agosto.
A votação ocorreu em reunião entre os membros dos conselhos Universitário (CUn) e de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe). Os dois conselhos terão um mês para deliberar sobre as resoluções que vão definir quando será possível dar início ao modelo de Ensino-Aprendizagem Remoto Temporário e Emergencial (Earte), que é a Fase 1 do planejamento. Em seguida serão definidas as datas para as fases seguintes.
O Earte é destinado aos estudantes de graduação e de pós-graduação da Ufes na fase de isolamento social, seguida de modelo híbrido e posteriormente de retomada do ensino presencial.
O plano de retorno às aulas é composto de cinco fases. A primeira delas contempla a volta às atividades dentro de um modelo de Ensino-Aprendizagem Remoto Temporário e Emergencial (Earte) para os estudantes de graduação e de pós-graduação da Ufes, acompanhada de inclusão digital para que possam ter acesso às atividades.
Nesta etapa não serão ofertadas disciplinas laboratoriais, os estágios (exceto os das áreas da saúde) e as aulas de campo. Em paralelo, o plano propõe a flexibilização da oferta de disciplinas e a continuidade de uma política de capacitação docente em ferramentas de ensino remoto. As atividades administrativas continuarão sendo desenvolvidas remotamente.
Posteriormente o acesso presencial começa a ser retomado, gradualmente, em algumas áreas, como biblioteca e restaurantes universitários. O ensino exclusivamente presencial só ocorrerá a partir da fase 4, mas ainda com a adoção de controle de risco.
A volta à chamada normalidade, com ensino exclusivamente presencial, só está prevista para um cenário de popularização da vacina contra o novo coronavírus.
FASE 1 ( Ensino-Aprendizagem Remoto Temporário e Emergencial - Earte) - Dentro de um quadro de suspensão das atividades presenciais, prevê a implementação de um modelo de Ensino-Aprendizagem Remoto Temporário e Emergencial (Earte) para os estudantes de graduação e de pós-graduação da Ufes, acompanhada de inclusão digital para que possam ter acesso às atividades. Ficam excluídas das possibilidades de oferta as disciplinas laboratoriais, os estágios (exceto os das áreas da saúde) e as aulas de campo.
FASE 2 (Earte com acesso presencial às bibliotecas) - Em um segundo momento, a ser definido de acordo com a orientação do COE e a aprovação pelas instâncias da Ufes, estudantes, professores e técnicos-administrativos poderão ter acesso controlado por meio de barreiras sanitárias às bibliotecas, respeitando as diretrizes de segurança do setor. Nessa fase, os servidores técnicos vinculados ao Sistema Integrado de Bibliotecas da Ufes (SIB-Ufes) retornam às atividades presenciais observando-se as determinações previstas no Plano de Biossegurança.
FASE 3 (Ensino híbrido - convivência simultânea entre Earte e espaços de interação presencial) - A previsão é dar início a um formato de ensino híbrido, com a convivência paralela do Earte com o presencial, observando-se as devidas condições de segurança. A partir do retorno escalonado das atividades presenciais, está prevista também a volta do funcionamento das atividades administrativas e dos restaurantes universitários.
FASE 4 (Ensino presencial com controle de riscos - desinfecção, distanciamento e demais recomendações do COE) - Encerramento do Earte e retorno ao ensino exclusivamente presencial, com os devidos controles de risco (desinfecção, distanciamento e demais determinações do COE) - o mesmo processo deve se dar quanto aos serviços administrativos, com os devidos controles de risco.
FASE 5 - Normalidade (popularização de vacinas) - Mediante normativa do COE e dos órgãos competentes, num cenário controle da pandemia e existência de vacina para prevenir a COVID-19, é previsto o ensino exclusivamente presencial, tal como era praticado até o dia 17/03/2020. Segundo o Plano de Contingência, a transição de uma fase a outra é sempre precedida de orientações do COE e das autoridades sanitárias e de decisão das instâncias da Ufes.
Os critérios para a volta das atividades na universidade foram definidos nos planos de Biossegurança e o de Contingência. foram elaborados pelo Grupo de Trabalho (GT) Ufes COVID-19 e pelo Comitê Operativo de Emergência para o Coronavírus da Ufes (COE-Ufes).
De acordo com a assessoria de imprensa da Ufes, o trabalho envolveu um processo de discussão nos 11 centros de ensino e nas unidades administrativas da Universidade que durou um mês.
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