A Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) ficou, mais uma vez, entre as 30 melhores universidades brasileiras no ranking de instituições de ensino superior do Times Higher Education (THE) 2023, divulgado nesta semana. No Brasil, 62 instituições apresentaram os critérios necessários para participarem do ranking global, que avaliou 1.799 instituições de 104 países.
A instituição capixaba ficou na 28ª colocação no país, na frente de universidades de outros estados, como as federais de Goiás e do Paraná. A nível global, a Ufes ficou na faixa entre as posições 1.201ª e 1.500ª (a partir da 201ª colocação, os resultados são apresentados em blocos de instituições).
O primeiro lugar no Brasil ficou com a Universidade de São Paulo (USP), classificada entre as 250 melhores do mundo. Em segundo, ficou a Universidade de Campinas (Unicamp), entre as 500 melhores, seguida pelas universidades federais do Rio Grande do Sul (UFRGS) e de São Paulo (Unifesp), ambas no bloco que agrega da 601ª à 800ª posição.
Além da Ufes, entre a posição 1.201ª e a 1.500ª, estão as universidades federais de Goiás (UFG), de Lavras (UFLA), do Paraná (UFPR) e do Rio Grande do Norte (UFRN). Das 28 primeiras colocadas, 23 são universidades públicas, sendo 18 federais.
O THE considerou, nesta edição, indicadores de ensino, pesquisa, citações, recursos vindos do setor industrial para pesquisa e perspectivas internacionais. Mais de 121 milhões de citações, em 15 milhões de artigos, são consideradas, além de entrevistas a 40 mil pesquisadores. No contexto global, 2.325 universidades postularam sua entrada no ranking, mas 526 não alcançaram o nível de elegibilidade para serem ranqueadas.
Globalmente, o primeiro lugar ficou com a Universidade de Oxford, do Reino Unido, seguida pela Universidade de Harvard, dos Estados Unidos. Em terceiro lugar, ficaram empatadas a britânica Universidade de Cambridge e a norte-americana Universidade de Stanford.
Em consequência da guerra na Ucrânia, as universidades daquele país que participaram da classificação obtiveram a correção de seus dados para não serem prejudicadas e as universidades da Rússia e da Belarus aparecem no ranking, mas com letras apagadas.
"Os dados detalhados indicam que, a cada ano, desde que a Ufes entrou no ranking pela primeira vez, na edição de 2020, cada um dos seus indicadores individuais melhorou. Sinal de que a instituição está avançando", ressaltou o secretário de Relações Internacionais da Ufes, Yuri Leite.
Com esses indicadores, a Ufes se manteve no mesmo patamar global do que no ano passado, entre a posição 1.201 e a 1.500. Sua pontuação geral ficou entre 18,4 e 24,4, em uma escala de zero a cem.
O indicador em que mais se destacou foi o de recursos advindos da indústria, em que ficou na 739ª posição global, com 42,1% dos pontos possíveis. Esse item leva em conta a quantidade de recursos que a Ufes recebe do setor industrial para investimento em pesquisas.
Em “citações”, a Ufes ficou com 22,5, com base nos dados da base de dados Scopus, da editora Elsevier, que indexa publicações acadêmicas.
No item “ensino”, a nota foi 20,4. Esse indicador, que tem maior peso no ranking, leva em conta o orçamento de que a instituição dispõe para aplicação no ensino; a relação entre número de estudantes e de funcionários; a proporção entre quantidade de alunos de doutorado e de graduação; número de títulos de doutor concedidos e o orçamento da instituição.
No indicador “pesquisa”, a nota foi de 12,2, sendo utilizada nessa avaliação uma pesquisa de reputação aplicada a cientistas de todas as áreas de conhecimento e atendendo à representatividade geográfica; o levantamento do número de artigos científicos publicados na base de dados Scopus e do volume de recursos investidos em pesquisa.
* Com informações da Ufes
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