Após dois dias de protestos e aulas suspensas, a administração da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) se reuniu com os estudantes e prometeu, entre outros pontos, ampliar a gratuidade no Restaurante Universitário (RU), alvo das manifestações. Com isso, as atividades foram retomadas na instituição nesta quinta-feira (1º).
A reunião entre a administração central e os estudantes ocorreu no Campus de Maruípe, das 18h30 às 23h de quarta-feira (31). Estiveram presentes o reitor Paulo Vargas, o vice-reitor Roney Pignaton, pró-reitores e outros assessores, além de 20 representantes estudantis.
Após a apresentação de uma pauta elaborada pelos estudantes, os pontos foram colocados em discussão isoladamente, tendo sido definidos os seguintes compromissos:
A Ufes alegou que alguns pontos levantados pelos estudantes dependem da superação das limitações orçamentárias que a universidade ainda enfrenta.
Em nota, a administração afirmou que está empenhada em buscar soluções junto ao governo federal e articula com outras universidades federais para garantir a ampliação do Plano Nacional de Assistência Estudantil.
A Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) suspendeu as atividades na quarta-feira (31) nos campi de Vitória (Goiabeiras e Maruípe). A instituição alegou que a medida foi necessária por "não ter sido possível viabilizar o funcionamento do Restaurante Universitário", após estudantes bloquearem os acessos ao Campus de Goiabeiras na terça-feira (30) em protesto por melhorias na alimentação.
As manifestações na Ufes começaram na segunda-feira (29), quando estudantes liberaram o acesso ao RU. A justificativa foi a de que a administração central da universidade planeja barrar o acesso dos estudantes, implementando catracas maiores, e punir com processo administrativo quem pular a roleta e não pagar R$ 5 para se alimentar.
Após esse ato, a Ufes interrompeu o fornecimento do jantar de segunda-feira (29) e do almoço do dia seguinte, em Goiabeiras e Maruípe, justificando que a suspensão das atividades era necessária para restabelecer as condições de segurança, de trabalho e de organização adequada do fluxo de fornecimento das refeições, "comprometidas pelas manifestações".
Em resposta ao fechamento do RU feito pela Ufes, os estudantes bloquearam as entradas da universidade em Goiabeiras, na terça-feira (30), dizendo que a medida da administração central era arbitrária e não era possível manter as atividades acadêmicas sem alimentação.
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