A produção científica e os cursos oferecidos pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) fizeram a instituição subir no ranking de universidades latino-americanas na avaliação do Times Higher Education (THE). A Ufes agora ocupa o 69º lugar, um salto de mais de 30 posições no ranking que, em 2020, havia classificado a federal capixaba na faixa da 101ª a 125ª colocação.
Entre as instituições brasileiras, a Ufes está na 33ª posição. Das 40 primeiras colocadas no ranking nacional, 34 são públicas, sendo 21 federais. Para Yuri Leite, secretário de Relações Internacionais da universidade, o resultado é uma demonstração da excelência das universidades públicas do país.
No ranking latino-americano, Yuri Leite afirma que é a melhor posição da Ufes desde 2019, quando foi listada no ranking THE pela primeira vez, e um salto significativo em relação ao ano passado. A posição em 2020 não é precisa - está entre a 101ª e a 125ª - porque, a partir do centésimo lugar, as instituições são avaliadas de maneira agrupada, segundo informações da assessoria da Ufes.
Para serem incluídas no ranking latino-americano, ainda de acordo com a assessoria, universidades precisam ter uma produção científica de, pelo menos, 200 artigos entre 2016 e 2020, em diversas áreas temáticas, e também oferecer ensino de graduação e pós-graduação.
Os indicadores de desempenho utilizados estão agrupados em cinco áreas: ensino (o ambiente de aprendizagem, 36%); pesquisa (volume, recursos financeiros e reputação, 34%); citações (influência da pesquisa, 20%); perspectiva internacional (pessoal, estudantes e pesquisa, 7,5%); e recursos da indústria (transferência de conhecimento, 2,5%).
As duas áreas em que a Ufes teve maior aumento de pontuação em relação ao ano passado foram ensino (de 32,5 para 59,4) e pesquisa (21,1 para 32,4). A base de ambos os indicadores, destaca a assessoria da instituição, vem de uma pesquisa que analisa a reputação da universidade entre seus pares.
A mais recente pesquisa anual de reputação acadêmica foi realizada entre novembro de 2020 e março de 2021, gerando mais de 21 mil respostas, submetidas a um processamento de dados que busca uma distribuição equilibrada das respostas entre disciplinas e países. “A melhora de desempenho da Ufes em 2021 deve estar relacionada ao aumento da sua reputação internacional, tanto no ensino quanto na pesquisa”, avalia o secretário Yuri Leite.
No topo de ranking latino-americano está a Pontifícia Universidade Católica do Chile, que está nessa posição pelo terceiro ano consecutivo. No Brasil, as universidades estaduais de São Paulo (USP) e Campinas (Unicamp) ocupam, respectivamente, o segundo e o terceiro lugares.
Nesta edição, um recorde de 177 universidades de 13 países latino-americanos se classificaram para o ranking. O Brasil é o país mais representado na avaliação, com 67 instituições, seguido pelo Chile, com 28, Colômbia, com 24, e México, com 23.
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