> >
Uma semana após naufrágio de rebocador no ES, busca por marítimo continua

Uma semana após naufrágio de rebocador no ES, busca por marítimo continua

Em nota, a Marinha do Brasil, por intermédio da Capitania dos Portos do Espírito Santo (CPES), informou que prosseguem as buscas pelo tripulante do Rebocador “Oceano I”

Publicado em 8 de novembro de 2020 às 20:01

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Eric Barcelos Rangel, de 56 anos, desapareceu após rebocador afundar
Eric Barcelos Rangel, de 56 anos, desapareceu após rebocador afundar. (Arquivo de família)

O desaparecimento do marítimo Eric Barcelos Rangel, de 56 anos, completou uma semana neste domingo (08). No mesmo rebocador em que ele estava, embarcação que naufragou e que ainda não foi encontrada, também estiveram dois outros tripulantes, que foram resgatados com vida na última segunda-feira (02), tendo sido encaminhados ao Hospital Estadual de Urgência e Emergência, em Vitória. Pedro Alves Nascimento Junior, de 31 anos, e Erlon Salomão receberam alta hospitalar na sexta-feira (06).

Rebocador que naufragou no domingo (01)
Rebocador que naufragou no domingo (01). (Internauta)

De acordo com a esposa do chefe de máquinas, Rosângela Maria Rosa Barcelos Rangel, o momento é um misto de angústia e esperança. "A resposta final é de Deus. Estou aguardando essa semana com ansiedade e com fé de que dará tudo certo. Que seja solucionado esse caso, eu espero, porque é muita angústia e dor, que só eu sei. Muitos estão sofrendo, sentindo a falta do Eric, mas principalmente os mais próximos, como eu e meus filhos. Espero que essa semana seja definitiva, tem muita coisa a ser feita e eu tenho fé de que tudo seja solucionado essa semana", desabafou.

Para a filha mais nova do desaparecido, Erica Rosa Rangel, o momento pode ser definido como de tortura. "Toda vez que eu vou dormir eu penso no meu pai. Não saber onde ele está, o que aconteceu com ele desde domingo, 18h, não saber de nada está me agoniando demais, estamos sem conseguir comer ou dormir. No sábado (07) eu estava passando mal e percorremos toda Guarapari, Anchieta, andamos tudo, falamos com pescadores para saber se tinham notícia dele. Está sendo muito difícil", contou.

A jovem conta que o pai estava sempre muito presente. "Ele era um amigo, um parceiro, cobrava estudo e faculdade. A gente tem esperança ainda de que ele esteja vivo, porque é o que move a gente. De ele estar em algum lugar, recebendo alguma ajuda. Mas estamos passando agonia e dor, além da tortura de não saber o que aconteceu", afirmou.

Em nota, a Marinha do Brasil, por intermédio da Capitania dos Portos do Espírito Santo (CPES), informou que prosseguem as buscas pelo tripulante do Rebocador “Oceano I”. Três embarcações da Capitania dos Portos do Espírito Santo (CPES) e o Navio Patrulha “Macaé” continuam as buscas na área compreendida entre Jacaraípe e Anchieta (ES).

O NAUFRÁGIO

Eric estava com outros dois tripulantes no rebocador, que seguia de Vitória para o Porto de Açu, em São João da Barra, no Norte do Rio de Janeiro. Os colegas dele foram resgatados na tarde de segunda-feira (2), após passarem várias horas em alto-mar, mas Eric não foi mais visto. O resgate, segundo a família do chefe de máquinas, foi acionado por tripulantes de um navio que viram o rebocador.

Os tripulantes foram resgatados pela lancha “Falésia”, da praticagem, e trazidos ao cais da Capitania dos Portos. Foram prestados os primeiros atendimentos médicos em ambulância do Samu, sendo em seguida encaminhados ao hospital. Eles informaram que a embarcação naufragou nas proximidades da Ilha Escalvada, em Guaparari. O rebocador teria colidido com uma pedra antes de afundar. A Marinha do Brasil abriu um inquérito para investigar o acidente com o rebocador.

Além da Marinha, a Superintendência Regional do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho (MPT) também anunciaram que vão investigar se o possível descumprimento de normas de segurança do trabalho pode ter provocado o naufrágio do rebocador na costa de Guarapari.

Quem tiver informações pode entrar em contato com a Marinha pelos telefones 185 (número para emergências marítimas e pedidos de auxílio) e (27) 2124-6526 (diretamente com a CPES para outros assuntos, inclusive denúncias). Também estão disponíveis o e-mail [email protected] e o aplicativo "Praia Segura", que pode ser baixado gratuitamente em aparelhos celulares Android e iOS.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais