Apesar da ausência de luvas nas mãos dos vacinadores ter chamado a atenção durante os primeiros dias de imunização contra a Covid-19 no Espírito Santo, o uso delas não é obrigatório – da mesma forma que já acontecia em outras campanhas, como a de combate à gripe, realizada anualmente.
No caso da pandemia, o uso opcional está previsto em uma nota técnica do Ministério da Saúde, publicada no dia 31 de março de 2020, quando a pasta ainda era comandada pelo médico Luiz Henrique Mandetta. Abaixo, estão as instruções contidas no documento, referentes à higiene das mãos:
A exceção acontece "nas situações em que há risco de o vacinador entrar em contato com secreções potencialmente infectadas ou em casos em que o profissional tenha lesões abertas nas mãos, a fim de evitar contaminação, tanto do imunobiológico (vacina), quanto do usuário (vacinado)", explica a nota.
Nessa terça-feira (19), o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) publicou uma cartilha com orientações, na qual também coloca como necessário o uso de luvas apenas nos casos específicos já citados. "Se usadas, elas devem ser trocadas entre os pacientes, associadas à adequada higienização das mãos", ressalta.
Diferentemente das luvas, há outros Equipamentos de Proteção Individual (EPI) que têm o uso recomendado. As máscaras, por exemplo, são obrigatórias tanto para os profissionais de saúde, quanto para quem vai receber a vacina, com raras exceções vinculadas a pessoas com deficiência ou com idade avançada e saúde debilitada.
A cartilha elaborada pelo Cofen também orienta que os aplicadores usem avental descartável e escudo facial (face shield) ou óculos de proteção quando estiverem imunizando as pessoas contra o novo coronavírus. "As orientações visam um atendimento humanizado e seguro", afirma Nádia Ramalho, presidente do Conselho.
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