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'UTI salva algumas vidas, mas não salva todas', diz governador do ES

"UTI salva algumas vidas, mas não salva todas", diz governador do ES

O governador Renato Casagrande defendeu o isolamento social e o uso de máscara para combater a pandemia. Em entrevista à jornalista Fernanda Queiroz, na CBN Vitória, ele disse que a taxa de ocupação dos leitos de UTI chega hoje a 67,89%

Publicado em 14 de maio de 2020 às 12:30

Governador Renato Casagrande faz novo pronunciamento sobre o coronavírus no ES
Governador Renato Casagrande fala sobre o coronavírus no ES Crédito: Reprodução Youtube

"UTI salva algumas vidas, mas não salva todas". A frase foi dita pelo governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), em entrevista à jornalista Fernanda Queiroz, na CBN Vitória, na manhã desta quinta-feira (14), para explicar as medidas contra a disseminação do novo coronavírus no Estado. Casagrande defendeu a importância do isolamento social e do uso de máscaras de proteção facial no enfrentamento à Covid-19. 

De acordo com o governador do Estado, a sociedade vive hoje um momento de anormalidade que exige paciência e atitudes extraordinárias, como evitar entrar em ônibus que já estejam cheios, fazer o uso das máscaras de proteção facial e sair de casa apenas quando for extremamente necessário.

"Estamos nos esforçando muito para ter leitos de UTI. Abrimos, até agora, 408 leitos. Algo que eu já falei ontem (13) é que os leitos de UTI salvam vidas, mas não salvam todas. Tanto é que nós já temos 233 pessoas que perderam a vida no Estado e ainda mais de 20 mortes que estão sendo investigadas. O que salva vida 100% é o não contato com o vírus. O que salva vida é o isolamento, é o distanciamento, é a não aglomeração, é o uso de máscaras, essas são as atitudes de prevenção. UTI salva algumas vidas, não salva todas. O isolamento salva todas as vidas"

Renato Casagrande

Governador do Espírito Santo

A taxa de ocupação dos leitos de UTI chega hoje a 67,89%, enquanto os leitos de enfermaria estão 47,89% ocupados. Somando os dois, a média de ocupação atual é de 68,25%. Segundo Casagrande, se essa taxa chegar a 80%, o governo do Estado pode retroceder na decisão de flexibilização do comércio. 

"Temos que compreender que ou todos vamos assumir uma atitude de responsabilidade pessoal, para benefício coletivo, ou todos vão se sacrificar. O que estamos tentando com essa atitude do Plano de Convivência com a Pandemia é fazer entender que se todos tivermos a responsabilidade pessoal, vamos conseguir diminuir o prejuízo para todo mundo. Porque tem muita gente que acha que isolamento social é só a loja do bairro fechada e enquanto defende isso, chega no fim de semana e vai para a praia, casa de campo com amigos... Isolamento social não é responsabilidade apenas de um setor, é disciplina de cada um de nós, individualmente", afirmou Casagrande. 

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