A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que avalia uma possível parceria com o laboratório americano PFizer para a compra da vacina que está sendo produzida contra a Covid-19.
Nesta sexta-feira (16), a empresa americana anunciou que poderá ser liberada para usar sua vacina contra a doença causada pelo novo coronavírus, em caráter emergencial, ao fim de novembro, nos Estados Unidos. A informação foi publicada na coluna Radar Econômico, da Revista Veja, que acrescenta ainda que o laboratório possui um acordo para entregar de 100 milhões a 500 milhões de doses de seu imunizante entre o fim de 2020 e 2021.
É dito ainda que não há acordos com o governo brasileiro para o fornecimento dos imunizantes, mas que as negociações estão sendo feitas diretamente com os estados e o que estaria em fase mais adiantada seria o Espírito Santo.
Por nota, a Sesa informou que o Governo do Espírito Santo está dedicado a buscar maneiras de proteger a população da Covid-19 por meio de diferentes estratégias, o que inclui a vacinação.
Acrescenta que, em função disto, a Sesa promove conversas com a Pfizer para saber mais sobre a potencial vacina que está sendo desenvolvida pela companhia e, com isso, avaliar uma possível parceria futura de fornecimento.
Nesta quarta-feira (14), o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, afirmou que o Espírito Santo está se preparando para começar a imunizar a população contra a Covid-19 em janeiro de 2021, caso até lá já haja vacina aprovada e disponível no Brasil. A declaração foi dada durante o Talk Show CBN 2020.
Os preparativos envolvem organização, do ponto de vista da logística para iniciar a vacinação no primeiro mês de 2021, além da definição dos grupos prioritários que receberão primeiro a vacina.
"Estamos nos preparando para em janeiro estar prontos para vacinar. Estamos nos adaptando para garantir uma melhor logística em todas as regiões do Estado (...) Então, o governo do Estado tem feito todas as medidas para o momento mais precoce. Se tivermos vacina disponível em janeiro, nós estaremos pronto no Espírito Santo para vacinar em janeiro", disse o secretário.
Falou ainda sobre os investimentos que estão sendo feitos para garantir essa distribuição das vacinas. "Temos dois caminhões frigoríficos para transportar as vacinas regionais. No ano passado compramos 20 câmaras frigoríficas com recursos próprios e entregamos para os municípios. Estamos adquirindo mais 40 câmaras frigoríficas para reforçar a capacidade do Estado", citou.
Outra preocupação, segundo Nésio, são os cuidados para evitar a falta de insumos na campanha de vacinação contra a Covid-19. O Espírito Santo preparou a compra de seis milhões de seringas.
Ainda não se sabe se as vacinas vão necessitar de mais de uma dose e a duração dessa imunidade. Mas várias entidades, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a União Europeia, alertaram nos últimos meses sobre o risco de falta de seringas, lenços e equipamentos de proteção necessários para a imunização.
Durante o Talk Show CBN 2020, Nésio informou que a compra de seringas foi a forma de contornar o risco de falta de insumos, em decorrência das campanhas nacionais de imunização do mundo em 2021. Já finalizamos nosso processo de compra. Temos já para a pronta-entrega, com o fornecedor, a garantia de 1,5 milhão de seringas e seis milhões de seringas em até 60 dias para que a gente consiga, dentro do plano estadual de imunização, pactuar com os municípios uma estratégia adequada, com agendamento, com busca ativa nos grupos que serão prioritários para que, assim que as vacinas estiverem disponibilizadas, iniciarmos de maneira oportuna e precoce a vacinação", detalhou Nésio Fernandes.
E citou a experiência de 2017 do Governo do Espírito Santo em conseguir vacinar contra a febre amarela mais de três milhões de capixabas em três meses. "Temos a capacidade de vacinar 1 milhão de pessoas por mês no Espírito Santo", garantiu Nésio.
A Gazeta entrou em contato com a assessoria do Laboratório Pfizer no Brasil solicitando informações sobre a negociação que está sendo realizada com a Sesa. Quando obtivermos uma resposta, a informação será acrescentada na reportagem.
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