Um estudo feito pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, no ano passado, mostrou que pessoas que tomaram vacina contra a gripe adoecem menos ou de forma menos grave de Covid-19. A pesquisa foi feita analisando dados de mais de 27 mil pacientes. Diante dessas conclusões, algumas dúvidas surgem sobre uma possível proteção da vacina da gripe contra o coronavírus.
Em entrevista à TV Gazeta, a médica infectologista Rúbia Miossi destacou que outro estudo realizado no Brasil também mostrou essa tendência de proteção da vacina da gripe contra a Covid. Ela explica que as vacinas ativam o sistema imunológico, deixando o organismo em alerta e protegendo o corpo contra outras doenças.
“Por que isso acontece? A gente já sabe dados de outras vacinas que a gente já usa. Parece que essas vacinas protegem contra outras doenças também. Não especificamente contra a doença x, y ou z, mas parece que elas conseguem essa proteção mais ampliada porque ativam o nosso sistema imunológico. Então, é como se ela deixasse o nosso organismo em alerta e isso faz com que nosso organismo responda melhor contra outras doenças que a gente venha a ter logo depois que tomou a vacina”, disse.
No entanto, a especialista elimina qualquer tipo de relaxamento para quem já tomou ou vai tomar a vacina contra a gripe, como se isso fosse suficiente para a proteção contra o coronavírus. Ela explica que os estudos apontam uma tendência, mas que não há certeza sobre a proteção real contra a doença. Por isso, todos devem tomar as vacinas assim que estiverem disponíveis, tanto a da gripe quando a da Covid.
“O estudo pode ter muito viés de amostragem, por isso a gente não pode falar com 100% de certeza que isso acontece. É uma tendência, isso está mostrando que existe uma tendência de proteção conjunta”, ressaltou.
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza (gripe) começou no dia 12 de abril e vai até 9 de julho, dividida em três etapas. A primeira etapa vai até o dia 10 de maio. Nela, serão imunizadas crianças de seis meses a menores de seis anos (5 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas, indígenas e trabalhadores da saúde.
A segunda etapa terá início no dia 11 de maio e seguirá até o dia 8 de junho, e serão vacinados idosos e professores.
Na terceira etapa, de 9 de junho a 9 de julho, serão vacinadas pessoas com comorbidades; pessoas com deficiência permanente; caminhoneiros; trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros, urbano e de longo curso; trabalhadores portuários; forças de segurança e salvamento; forças armadas; funcionários do sistema de privação de liberdade; população privada de liberdade, além de adolescentes e jovens em medidas socioeducativas.
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