Um estudo conduzido por pesquisadores dos Estados Unidos divulgado nesta segunda-feira (12) sugere que a vacina contra o vírus Influenza, causador da gripe, pode diminuir os efeitos graves provocados por uma infecção pelo novo coronavírus e minimizar o risco de internação dos pacientes.
A notícia foi comentada hoje pelo subsecretário de Estado da Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde, Luiz Carlos Reblin, durante coletiva de imprensa. Nesta semana, o Estado deve receber 1.130.000 doses do imunizante contra a gripe.
O secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, considera que a chegada das doses poderá reforçar o grau de proteção das crianças e adolescentes da população capixaba no que diz respeito à suscetibilidade às doenças respiratórias.
"Temos a expectativa de, em três meses, vencermos a maior parte de aplicação dessas doses. Principalmente, a expectativa de antecipar [a aplicação] na população infantil e adolescente e em quem já foi alcançado com uma das doses contra o novo coronavírus", explicou Nésio.
Luiz Carlos Reblin destacou que quando as pessoas estão vacinadas contra a Influenza, no caso do aparecimento dos sintomas respiratórios após a injeção, o diagnóstico para identificar infecção pelo vírus Sars-CoV-2 pode ficar mais fácil.
O médico infectologista e professor universitário Crispim Cerutti Júnior explicou que a dose contra a Influenza evita que o organismo receba uma carga de morbidade sobre o sistema respiratório.
Na opinião do médico infectologista e doutor em Doenças Infecciosas, Lauro Ferreira Pinto, apesar do estudo apresentar vantagens da vacina da gripe na prevenção das complicações causadas pelo novo coronavírus, ainda é preciso cautela. Para ele, são necessários novos estudos para atestar o impacto da vacina contra a gripe em relação aos sintomas da Covid-19.
"Eles observaram que as pessoas vacinadas contra a gripe têm menos complicações por Covid, mas não têm menor mortalidade. A vacina de gripe, por si só, é muito importante porque reduz os riscos da própria gripe, que não são pequenos. O vírus H1N1 pode ser mortal, pode piorar várias comorbidades, pode piorar risco de infarto em quem é coronariano, por exemplo", detalhou Lauro.
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