A imunização contra a Covid-19 no Espírito Santo foi iniciada há mais de um mês. Dados do Painel de Vacinação, do governo do Estado, indicam que mais de 119 mil pessoas receberam a primeira dose dos compostos que protegem do novo coronavírus até a manhã desta terça-feira (02).
Enviadas pelo Ministério da Saúde, as ampolas da Coronavac e da Oxford são os medicamentos utilizados para vacinar o grupo prioritário capixaba. Conforme recomendação dos laboratórios fabricantes, ambas devem ser aplicadas em duas doses.
A Coronavac, produzida pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, tem de ser injetada em um intervalo máximo de 28 dias. No caso do composto feito pela Universidade de Oxford e a farmacêutica Astrazeneca, o paciente deve receber a segunda após três meses. Mas o que acontece, se por algum motivo, houver atraso para a vacinação da segunda e última dose?
O médico infectologista e doutor em Doenças Infecciosas, Lauro Ferreira Pinto explica que, em geral, as vacinas criam memória imunológica no organismo.
"Em vacinas, de maneira geral, quando você toma uma dose, adquire uma memória imunológica. Mesmo se houver atraso da segunda dose, quando ela ocorrer, o organismo vai resgatar aquela memória. O problema de atrasar é que você deixa a pessoa exposta por mais tempo. Então, o ideal é respeitar o intervalo que o laboratório sugere no sentido de você não correr risco", destaca Lauro.
De acordo com o médico, a exposição também aumenta a possibilidade de nova infecção causada por uma variedade ou diversificação viral. "A primeira dose oferece uma proteção pequena que pode se esvair com o tempo, por isso, o ideal é que não haja atraso", analisa.
A Gazeta procurou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) para saber se há doses reservadas para todos aqueles que já foram contemplados com a primeira e qual o número de vacinas em estoque. A matéria será atualizada quando houver a resposta da instituição.
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