A vacina da Astrazeneca/Oxford é uma das principais apostas de compra do governo do Estado para imunizar os capixabas contra a Covid-19. A possibilidade foi discutida pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, em entrevista à rádio CBN Vitória (92,5 FM) nesta quinta-feira (6).
Sem revelar detalhes, Nésio informou que as outras duas empresas solicitaram sigilo e discrição."Algumas indústrias que venderam para o Ministério da Saúde, a elas foi solicitado pelo Ministério, praticamente uma vedação de negociação com Estados e municípios. Algumas negociações podem sofrer interferência, caso elas não mantenham certa discrição", explicou.
Na última sexta-feira (30), em entrevista exclusiva à CBN Vitória, o governador Renato Casagrande já havia revelado o interesse em adquirir 3,5 milhões de doses do composto. Na ocasião, ele destacou a escassez do produto, mas afirmou que o governo mantém contato com nove farmacêuticas.
"Vai chegar uma hora que conseguiremos comprar e estamos tentando em diversas frentes para quem sabe a gente terminar este ano e já começar o ano que vem em uma condição mais normal. Nosso esforço é para que toda a população capixaba seja imunizada até o fim de 2021", disse Casagrande, na semana passada.
De acordo com o Painel de Vacinação, o Espírito Santo recebeu 1.321.550 doses de vacina contra o novo coronavírus desde o dia 18 de janeiro. Desse total, 1.295.548 foram distribuídas aos municípios, sendo que 701.619 foram aplicadas na primeira dose e 261.560 na segunda.
Atualmente, 87 mil capixabas aguardam a aplicação da segunda dose da Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), 30 cidades não têm a segunda dose do imunobiológico. A situação deve ser normalizada à medida que o governo federal enviar novos lotes do medicamento.
Paralelamente às negociações com o laboratório Astrazeneca, o governo do Estado já demonstrou interesse em comprar doses da vacina brasileira Butanvac que deverá ser produzida pelo Instituto Butantan ainda este ano.
Uma outra esperança de vencer a doença vem da Europa, mais especificamente, da Itália. O Espírito Santo poderá firmar uma parceria para que uma parte da fase 3 de testes da vacina italiana para combater o coronavírus do laboratório ReiThera seja realizada em território capixaba.
Segundo Nésio Fernandes, secretário de Saúde, as negociações estão em curso e dependem de reuniões com os desenvolvedores, além de medidas administrativas e políticas. A intenção é que 30 mil capixabas participem da fase 3 de testes do imunizante.
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