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Vacina da gripe x vacina da Covid: é preciso intervalo entre as duas?

Vacina da gripe x vacina da Covid: é preciso intervalo entre as duas?

A Secretaria de Estado da Saúde explica que um intervalo entre as duas precisa ser respeitado, independentemente de ser a primeira ou a segunda dose dos imunizantes contra a Covid

Publicado em 25 de março de 2021 às 09:56

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Ana Claudia Souza, enfermeira servidora na Unidade de Saúde de Araças. tomou a vacina contra Covid-19 de Oxford Astrazeneca
Vacinação contra a Covid-19 em Vila Velha. (Fernando Madeira)

Desde janeiro, quando as primeiras doses da vacina contra a Covid-19 foram disponibilizadas e a imunização teve início, algumas pessoas conseguiram ser vacinadas e muitas outras estão ansiosas para a aplicação das doses. Mas agora, com a chegada do mês de abril, outra vacina também será disponibilizada para imunização. É a Campanha de Vacinação contra a Influenza (gripe).

E em meio a essas duas vacinas, fica uma dúvida: pode tomar a vacina da gripe e logo em seguida a da Covid? E o inverso? Para esclarecer essa e outras dúvidas, a reportagem de A Gazeta foi atrás de respostas.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, a aplicação da vacina contra a Covid-19 deve ter um intervalo mínimo de 14 dias antes e 14 dias após as demais vacinas do calendário de vacinação, inclusive a vacina Influenza. Ou seja, se você tomou a vacina contra a Covid-19 agora, é preciso esperar 14 dias para a aplicação da vacina contra a Influenza.

Isso se aplica independentemente se foi a primeira ou a segunda dose. Por exemplo: o paciente que tomar a primeira dose da Coronavac, pode tomar a da Influenza após 14 dias e depois esperar mais 14 dias para tomar a segunda dose do imunizante contra a Covid.

E na situação contrária? Se você tomar a vacina contra a gripe, mas ainda não tiver sido imunizado contra a Covid-19, quanto tempo é preciso esperar? De acordo com a Sesa, o prazo é o mesmo: intervalo mínimo de 14 dias.

Mas e se a pessoa tomar as duas vacinas sem respeitar o intervalo dos 14 dias? A doutora em Epidemiologia e professora da Ufes, Ethel Maciel explica que isso pode fazer com que o efeito da vacina não seja conforme o esperado, já que é preciso um tempo para que a imunização faça efeito após a aplicação.

“Pode ter o efeito diminuído. Porque o organismo precisa de um tempo para desenvolver a resposta imunológica depois da vacina”, afirmou.

CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA A INFLUENZA

A 23ª Campanha de Vacinação contra a Influenza vai acontecer entre 12 de abril e 9 de julho. O objetivo é reduzir o número de complicações, internações e mortes decorrentes das infecções pelo vírus da Influenza, na população-alvo para a vacinação.

MUDANÇAS

Neste ano, diferente das outras campanhas, o Ministério da Saúde orientou as Secretarias Estaduais de Saúde que a primeira fase da vacinação tenha início pelo público de crianças, gestantes, puérperas, povos indígenas e trabalhadores da saúde. Diferente dos anos anteriores, quando os idosos eram os primeiros imunizados. A medida vem justamente pelo período de vacinação contra a Covid-19, que atualmente está imunizando diversas faixas etárias de idosos por todo o país.

QUEM JÁ TEVE (OU ESTÁ COM) COVID-19 PODE TOMAR A VACINA?

E durante a vacinação contra o coronavírus, a principal dúvida é se pessoas que já tiveram ou estão com a Covid-19 podem tomar a vacina e, em caso de poderem, quanto tempo devem esperar.

De acordo com a explicação da Sesa, ainda não foi provado que a vacinação de pessoas infectadas pela Covid-19 tenha um efeito prejudicial sobre a doença. No entanto, é recomendado que a vacinação seja adiada nas pessoas com quadro sugestivo de infecção em atividade para evitar confusão com outros diagnósticos diferenciais. E segundo a secretaria, este adiamento deve se resumir em pelo menos quatro semanas após os primeiros sintomas.

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