Além da chegada da nova subvariante da Ômicron, a BQ.1, no Espírito Santo e em vários Estados brasileiros, o aumento de pessoas infectadas pelo vírus da Covid-19 nas últimas semanas também pode estar ligado ao crescimento no número de capixabas com a vacinação atrasada.
Levantamento realizado por A Gazeta, considerando os dados dos casos confirmados de Covid-19 na última semana epidemiológica, que foi de 30 de outubro a 5 de novembro, revela que mais da metade das pessoas infectadas estão na faixa etária de 20 a 59 anos. Foram 218 pessoas com o vírus no Estado naquela semana, 66% dos 326 casos registrados pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa).
Os subgrupos de 50 a 59 anos, com 63 confirmações de coronavírus, e o de 30 a 39 anos, com 57 casos, são os que tiveram mais ocorrências no quadro estadual.
A faixa etária dos 20 aos 59 anos é, também, a que tem o maior número de pessoas com a vacinação atrasada. São 1,9 milhão de moradores do Espírito Santo que ainda não tomaram a quarta dose. Entre os que receberam ao menos a terceira aplicação, o número cai para 1,1 milhão de capixabas. No total, são 2,9 milhões de moradores do Estado sem a quarta dose.
A vacina é a principal medida de cuidados com a nova subvariante. Apesar da mutação BQ.1 escapar da imunização, já é comprovado que a vacina é eficaz para evitar casos graves da doença. Em todo o Estado, juntando todas as faixas etárias, 214.443 pessoas ainda não tomaram nenhuma dose da vacina.
Das 326 pessoas que testaram positivo para o coronavírus na última semana, apenas 15 tiveram que ser internadas. Desses 15 internados, sete estavam na faixa etária com mais pessoas atrasadas com a vacinação.
Os dados disponibilizados pela Sesa não permitem dizer, contudo, que os internados estavam com a vacinação em atraso, apesar deste ser o cenário mais comum, segundo os especialistas. No período não houve, tampouco, mortes registradas por coronavírus.
A Secretaria da Saúde do Espírito Santo informou que tem observado um aumento de casos positivos da Covid-19 nas últimas duas semanas epidemiológicas. A Sesa/ES acompanha as próximas semanas para confirmação ou não da tendência de alta.
O aumento de casos positivos nessas últimas semanas pode estar ligado, de acordo com a Secretaria, à circulação da subvariante Ômicron (BQ.1) e também à intensa movimentação do período eleitoral.
Esse aumento não é acompanhado no número de internação e óbito. Em relação ao óbito, o mês de outubro já é considerado o de menor número de óbitos pela Covid-19 no Estado, com seis óbitos confirmados.
Com a chegada da BQ.1, especialistas têm apontado que idosos com mais de 60 anos e imunocomprometidos, além de manter o quadro vacinal atualizado, utilizem máscaras em ambientes fechados.
De fato, esse é o grupo etário que ficou em segundo lugar, entre os casos confirmados na última semana. Foram 82 pessoas deste faixa que foram infectadas pela doença. A maior parte deles está na faixa entre 60 e 69 anos, com 52 casos. Seis idosos entre 60 e 90 anos precisaram ser internados na última semana.
Apenas 4% das crianças entre 3 e 4 anos se vacinaram contra a Covid-19. São 5.613 meninos e meninas vacinados de um universo de 114.984 cadastrados pelo Estado. São 109.984 crianças que não tomaram nenhuma dose da vacina.
Entre o público infantil de 5 a 11 anos, foram 41% de vacinados, com 162.723 pessoas vacinadas de um universo de 393.089. Faltam se vacinar, neste público, 230.150 crianças.
Na última semana epidemiológica foram sete crianças de 0 a 4 anos infectadas pelo coronavírus; três entre 5 e 9 anos; e 16 crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos que testaram positivo.
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