Para alcançar a meta de imunizar pelo menos 90% da população com idade entre 5 e 11 anos contra a Covid-19 até meados de março, o Espírito Santo precisa vacinar, em média 7 mil crianças por dia, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Entretanto, a média de doses diárias aplicadas atualmente está em 4 mil, ou seja, bem abaixo do esperado, conforme divulgado pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, e pelo subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, em entrevista de atualização sobre a pandemia no Estado.
“Nós temos uma necessidade de vacinar aproximadamente 7 mil crianças a cada dia. Vínhamos num ritmo um pouco mais intenso, de 5 mil, reduzindo alguns dias para 3 mil, 4 mil. Precisamos retomar esse ritmo para chegar até meados de março com pelo menos 90% das crianças vacinadas”, explicou Reblin.
Desde que a vacinação pediátrica contra a Covid-19 foi iniciada no Estado, em 15 de janeiro, foram aplicadas pouco mais de 128.800 doses na população de 5 a 11 anos até a última segunda-feira (21), representando pouco mais de 32% deste público já vacinado com a primeira dose, segundo informações da Sesa.
E não se trata de um problema de falta de doses. Reblin explica que o Ministério da Saúde envia uma programação semanal de entrega de doses da vacina e que, à medida em que chegam, são distribuídas aos municípios.
“Nesse momento temos doses suficientes para fazer frente à demanda e o Ministério garante que, das 393 mil crianças de 5 a 11 anos aptas que nós temos para vacinar, vamos receber essas doses”, destacou o subsecretário.
Nésio frisou que as doses necessárias para a aplicação da segunda dose, a partir de 28 dias, nas crianças que receberam a Coronavac também já estão disponíveis.
Conforme já pontuado por especialistas da área da saúde em reportagem de A Gazeta, o baixo índice de vacinação pediátrica está ligado principalmente à insegurança provocada pela desinformação, que tem feito com que os pais decidam não levar seus filhos para serem imunizados contra a doença.
Atualmente, duas vacinas são utilizadas na campanha infantil, tanto em território capixaba, quanto no Brasil: a versão pediátrica da Pfizer, aprovada em dezembro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para pessoas de 5 a 11 anos, e a Coronavac, aprovada em janeiro para a faixa de 6 a 17 anos.
Um estudo sobre a eficácia da Coronavac em crianças a partir de 3 anos, em comparação com a Pfizer pediátrica, está em desenvolvimento no Espírito Santo.
Desde setembro de 2021, adolescentes a partir de 12 anos já vinham sendo imunizados com a versão regular da Pfizer, a mesma utilizada para adultos. Ambas são seguras e eficazes na prevenção dos sintomas do coronavírus, segundo as autoridades sanitárias, sendo a Coronavac contraindicada apenas para crianças imunossuprimidas, caso em que existe opção de usar a Pfizer.
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