Após a prefeitura de Mimoso do Sul anunciar um surto de varicela – doença viral popularmente conhecida como catapora, médicos alertam para a importância da vacinação, que, de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pode reduzir cerca de 80% das hospitalizações. Em Cachoeiro de Itapemirim, apenas 66,98% do público-alvo tomou a vacina contra a doença, que é muito comum entre o fim do inverno e o início da primavera.
No Brasil, o Plano Nacional de Imunização (PNI) prevê que a vacina contra a varicela seja aplicada em duas doses: a primeira com 1 ano e 3 meses e a segunda entre os 4 e os 6 anos.
A vacinação contra a catapora foi disponibilizada em 1996 na rede privada e, somente em 2013, entrou no Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS), compondo a vacina tetra viral, que também protege contra sarampo, caxumba e rubéola. “Quem nasceu antes disso, provavelmente não tomou a vacina, se não teve catapora, não está protegido”, explica o médico infectologista Daniel Junger, em entrevista à repórter Vivia Lima, da TV Gazeta Sul.
O médico explica que, apesar da maioria dos casos da doença serem leves, alguns podem levar à internação, principalmente em pessoas que não foram vacinadas. “A orientação é: Vacinem seus filhos, cumpram com o calendário vacinal. Quando identificarem alguém com catapora que isole, proteja seus filhos, e se protejam também”, alerta.
De acordo com a Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim, 854 crianças do município foram vacinadas contra a catapora este ano, representando menos de 67%% do público-alvo, longe da meta que é de 95%.
O anúncio do surto de catapora em Mimoso do sul foi feito na última terça-feira (15), em uma publicação nas redes sociais. De acordo com a administração, duas escolas precisaram passar por um protocolo de bloqueio após a identificação de oito casos na última semana.
Seis casos foram identificados na escola Monsenhor Elias Tomasi e dois no Centro de Educação Infantil Euclides Mello dos Santos, onde o protocolo de bloqueio foi adotado. Segundo a prefeitura, é considerado um surto de varicela a ocorrência de um número de casos acima do limite esperado, com base nos anos anteriores, ou casos agregados em instituições de longa permanência, hospitais, creches, escolas e população privada de liberdade.
Em 2022, quando um surto da doença também foi divulgado pela prefeitura, 16 casos da doença foram confirmados. De acordo com a prefeitura, as escolas seguem em funcionamento.
No Espírito Santo, os casos cresceram este ano. De acordo com a Secretaria da Saúde (Sesa), em 2022, entre 1º de janeiro e 16 de agosto, foram notificados 156 casos da doença, sendo 145 confirmados. Já em 2023, no mesmo período, foram 208 casos notificados e 185 confirmados.
Com informações da repórter Vivia Lima, da TV Gazeta Sul
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