Gestantes e outros pacientes de risco de municípios do Norte do Espírito Santo não vão precisar mais ser transferidos para Colatina ou a Grande Vitória para receber atendimento médico pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Isso porque uma parceria entre a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) e um hospital filantrópico de Linhares ampliou as vagas para atendimentos do SUS.
Com a contratualização entre o Hospital Rio Doce e a Sesa, a unidade passa a ser referência para o Estado. “Essa contratualização possibilitou a gente ampliar de 113 leitos para 150 leitos de atendimento ao SUS. Isso aumentou o atendimento de alta complexidade no hospital e possibilitou que as gestantes de Linhares e outros sete municípios do Norte do Estado, agora sejam encaminhadas para o Hospital Rio Doce”, explica Fátima Biancardi, diretora administrativa do hospital.
O hospital teve uma ampliação na maternidade, que liberou 10 vagas em UTI neonatal e agora também atende gestantes com alto risco.
A dona de casa Mônica Mendes Santos, moradora de Linhares, é uma das pacientes beneficiadas. Ela está passando por uma gravidez de risco. Antes da contratualização, ela precisaria ser transferida para outro município ou recorrer a um hospital particular, mas agora todo atendimento médico está sendo perto de casa e pelo SUS.
“O meu neném está com baixo peso. Estou com líquido, por causa da glicose. Se eu não viesse para cá, eu iria para Colatina, lugar mais longe. Estou muito feliz, porque aqui tem como o meu esposo e minha filha virem visitar”, conta a gestante.
Para a doméstica Mariana dos Santos os serviços oferecidos pelo hospital salvaram a vida dela e da sua bebê, que precisou de atendimento na UTI neonatal.
“Se eu tivesse em casa com a placenta rompida, ela e eu estávamos mortas. Ainda bem que estava aqui no hospital. Por isso o nome dela é Tavila Vitória. Vitoriosa minha filha”
Outros atendimentos como ortopedia e alta complexidade também passam a ser oferecidos no hospital, sem custo ao paciente.
“A grande maioria das cirurgias ortopédicas eram feitas na Grande Vitória. Nós tínhamos uma média de 40 cirurgias por mês, hoje estamos com 130 por mês. A parte cardíaca também foi ampliada para pacientes vítimas de infarto ou com outros problemas de saúde”, explica o diretor técnico do hospital, Ronaldo José de Souza.
O subsecretário de Estado de contratualização em saúde, Alexandre Aquino informou que os atendimentos seguem de acordo com o encaminhamento do SUS, e que as transformações devem facilitar a procura por saúde em linhas e cidades próximas.
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