A Secretaria da Saúde do Espírito Santo (Sesa) divulgou que iniciou, nesta sexta-feira (22), a investigação de dois novos casos suspeitos de varíola dos macacos (Monkeypox), além de um terceiro caso que já estava em análise. Trata-se de dois homens, com idade de 30 e 39 anos, que apresentam sintomas como erupções cutâneas.
No momento, o Espírito Santo acumula um total de oito casos suspeitos notificados: a doença foi confirmada em dois pacientes, descartada em três e há outros três em investigação. Todos são homens, com idades entre 20 e 49 anos.
Segundo a Sesa, um dos novos casos suspeitos tem histórico de viagem recente ao estado do Rio de Janeiro. O outro, apesar de não se enquadrar nas definições de caso suspeito definidas pelo Ministério da Saúde que são histórico de viagem ou contato com caso suspeito ou positivo, teve amostras coletadas para investigação devido aos sintomas apresentados.
Os dois pacientes estão em isolamento e sendo monitorados pela vigilância epidemiológica, que acompanha também os contatos desses pacientes.
De acordo com a pasta, as amostras do primeiro caso relatado já foram coletadas e seguiram para o Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen), para fluxo laboratorial da realização de diagnóstico. As do segundo caso serão coletadas na próxima segunda-feira (25). Após análise no Lacen, todas as amostras serão encaminhadas ao laboratório de referência, no Rio de Janeiro.
A Sesa ressalta que o Lacen é capacitado para realizar o teste molecular específico para detecção do vírus da Monkeypox, porém ainda não recebeu os insumos do Ministério da Saúde.
A confirmação dos dois primeiros casos foi divulgada no dia 14 de julho pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), que recebeu o diagnóstico positivo. Os dois pacientes são homens com idades entre 30 e 49 anos, que moram na Grande Vitória. Ambos têm histórico de viagem recente a São Paulo - estado que concentra a maioria das confirmações da doença no Brasil, até o momento.
Apesar das confirmações, a Sesa informou que os dois pacientes já estão curados e que o período de isolamento havia se encerrado, não trazendo riscos à população.
A varíola dos macacos foi descoberta na década de 1950, após dois surtos em colônias desses animais, que eram mantidos para pesquisas. Já o primeiro caso humano foi registrado na década de 1970, no Congo, país africano.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os sintomas costumam durar entre duas a três semanas. O paciente infectado pode ter febre, dor de cabeça, dores musculares e erupções cutâneas, geralmente no rosto, na palma das mãos e na sola dos pés.
São duas variantes principais da doença, a mais grave delas é conhecida como "cepa do Congo", podendo chegar a 10% da mortalidade. Já a outra, denominada popularmente de "cepa da África Ocidental", tem uma taxa de letalidade bem menor, próxima de 1%.
O vírus causador pode ser transmitido por meio do contato com lesões na pele e gotículas de uma pessoa contaminada, além de objetos compartilhados.
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