Mais três casos suspeitos de varíola dos macacos no sistema prisional do Espírito Santo são investigados. Segundo a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), as duas primeiras suspeitas da doença – notificadas em presos de 23 e 27 anos – tiveram resultado negativo para infecção por Monkeypox.
A Sejus explicou que, como os três novos casos estão em análise, as visitas sociais aos pacientes com suspeita da doença foram suspensas. Os demais internos que compartilhavam cela com esses detentos seguem em observação, uma vez que não apresentam sintomas, segundo a secretaria.
Os casos são investigados junto à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e as amostras de exames já foram encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen-ES).
A Sesa elaborou uma Nota Técnica, com o objetivo de padronizar as ações para a detecção precoce de pessoas com suspeita de infecção pelo vírus Monkeypox. Os procedimentos adotados incluem o uso de máscara cirúrgica, óculos ou face shield, além de gorro, luva de procedimento e desinfecção de materiais com álcool 70%.
Até terça-feira (30), o boletim da Sesa contabilizava 31 infectados por varíola dos macacos no Espírito Santo, além de 91 casos suspeitos em investigação. Com o caso confirmado em Linhares na quarta-feira (31), o número de confirmações sobre para 32. Outras 80 notificações de suspeitas da doença foram descartadas.
O boletim mostra que a doença se espalhou pelo Estado. Antes, as infecções eram registradas apenas na Grande Vitória. Agora há registros em cidades das regiões Norte e Sul.
Apesar de ter tomado os noticiários recentemente, a varíola dos macacos foi descoberta na década de 1950, após dois surtos em colônias desses animais, que eram mantidos para pesquisas. Já o primeiro caso humano foi registrado na década de 1970, no Congo, país africano.
De acordo com informações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os sintomas costumam durar entre duas e três semanas, consistindo em: febre, dor de cabeça, dores musculares e erupções cutâneas, geralmente no rosto, na palma das mãos e na sola dos pés.
De maneira geral, são duas as variantes principais da doença. A mais grave delas, conhecida como "cepa do Congo", pode chegar a 10% de mortalidade. Já a outra, denominada popularmente de "cepa da África Ocidental", tem uma taxa de letalidade bem menor, próxima de 1%.
O vírus causador pode ser transmitido por meio do contato com lesões na pele e gotículas de uma pessoa contaminada, além de objetos compartilhados. Por isso, a Anvisa sugeriu que os brasileiros usem máscaras, reforcem a higienização e façam o distanciamento social para evitar a transmissão.
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