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Veja o que já está definido e o que ainda não se sabe sobre o Enem 2020

Veja o que já está definido e o que ainda não se sabe sobre o Enem 2020

Principal porta de entrada para o ensino superior público, o Enem recebeu neste ano 5,8 milhões de inscritos. Nota também permite acesso ao ProUni e Fies

Publicado em 4 de novembro de 2020 às 16:09

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Aplicativo de celular para o candidato consultar o ENEM 2019
O local da prova será informado no Cartão de Confirmação da Inscrição, disponibilizado em site e aplicativo oficial do Enem. (Marcello Casal JrAgência Brasil)

Em um ano atípico, com a suspensão de aulas em todo o país devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2020) sofreu algumas mudanças - como a aplicação de provas on-line e adiamento da data das provas para janeiro de 2021, por exemplo. Para explicar as novas regras, A Gazeta reuniu informações sobre o que já foi definido referente ao exame acadêmico e o que ainda não está claro sobre o assunto. 

As provas, agendadas para terem início nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021, serão aplicadas em todos os Estados brasileiros e no Distrito Federal. No Espírito Santo, o exame acontecerá em 38 cidades.

DATAS DO ENEM JÁ ESTÃO DEFINIDAS

Principal porta de entrada para o ensino superior público, o Enem recebeu neste ano 5,8 milhões de inscritos. Os resultados também dão acesso a bolsas do ProUni (Programa Universidade Para Todos) e contratos do Fies (Financiamento Estudantil). A primeira aplicação das provas acontecerá em janeiro de 2021 e haverá uma reaplicação do exame em fevereiro. Veja as datas:

Em enquete realizada a pedido do ex-ministro Abraham Weintraub, em julho de 2020, a maior parte dos estudantes (49,7%) votou para que o Enem fosse apenas em maio do ano que vem. Outros 35,3% optaram por janeiro.

Mas o mês escolhido foi janeiro, com o argumento de que realizar o exame em maio, como queriam os estudantes, atrasaria muito o calendário das universidades e dos programas como ProUni e Fies - o que também teria reflexo negativo na desigualdade. A maior preocupação dos Estados é com o impacto que o fechamento de escolas vem causando para os alunos de escolas públicas, sobretudo os mais pobres.

COM PANDEMIA, PROVA DIGITAL VIROU OPÇÃO

Diferentemente de anos anteriores, a edição de 2020 possibilita a realização da prova em formato digital, além do tradicional impresso. O período de inscrições para os alunos que desejavam realizar o exame no novo formato foi de 11 a 22 de maio.

O Ministério da Educação (MEC) autorizou 19 Estados a sediarem provas do Enem digital. No Espírito Santo, 2.494 alunos tiveram a chance de testar o formato pela primeira vez. O município com maior capacidade de é Vitória, com 793 vagas, seguido por Pedro Canário (637), Cariacica (532) e Vila Velha (532).

A nova ferramenta poderá ser utilizada por até cem mil estudantes em 2020, o que corresponde a cerca de 2% dos estudantes com inscrições confirmadas. O MEC espera chegar ao número total de alunos realizando a prova digital até 2026.

ENTENDA O FORMATO DA PROVA

Esta será a primeira edição com uma aplicação em computador para parte dos candidatos, em caráter de teste. O exame tem 180 questões e as provas serão aplicadas em dois dias.

No primeiro dia, serão efetuadas as provas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Redação e Ciências Humanas e suas Tecnologias. A aplicação terá 5 horas e 30 minutos de duração.

Já no segundo dia, serão aplicadas as provas de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias, com 5 horas de duração.

O local da prova será informado para os candidatos no Cartão de Confirmação da Inscrição, disponibilizado neste site, e no aplicativo oficial do Enem. O participante que se inscreveu no Enem 2020 impresso não pode participar da edição digital.

A aplicação do Exame seguirá o horário de Brasília (DF): abertura dos portões às 12h, fechamento às 13h, início da prova às 13h30 e término das avaliações do primeiro dia às 19h. No segundo dia, o horário de término às 18h30. Já o resultado, acontece no dia 29 de março.

USO DE MÁSCARA É OBRIGATÓRIO

Os estudantes que vão realizar o próximo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) vão precisar utilizar máscara facial como medida protetora contra o novo coronavírus durante todo o tempo em que estiverem dentro da sala de aplicação das provas. O descumprimento pode acarretar em eliminação do candidato.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pelo exame, publicou no Diário Oficial da União uma nova versão do edital para incluir as medidas sanitárias e de higiene por causa da pandemia de Covid-19.

De acordo com as regras, os estudantes só serão aceitos nos locais de prova se portarem documento de identidade e máscara facial. As máscaras devem cobrir totalmente o nariz e a boca do participante, que poderá levar uma unidade reserva para realizar a troca durante o exame.

Só estarão isentos da obrigatoriedade os candidatos com algum tipo de deficiência, como autismo, deficiência intelectual ou sensorial, afirma o texto do edital.

O documento regido pela portaria do Ministério da Educação (MEC) considera a emergência da saúde pública, decorrente da pandemia provocada pelo novo coronavírus. Por isso, além de informações sobre os procedimentos do exame, também foram incluídas orientações para a prevenção da Covid-19 durante a realização da prova. Confira as regras:

 O QUE AINDA NÃO SE SABE: SISU, PRUNI E FIES

Um ponto que ainda não está claro sobre o Enem, é como será utilizada a pontuação no Sistema de Seleção Unificado (Sisu), já que o presidente Jair Bolsonaro vetou trechos da Medida Provisória (MP/934), que instituía como obrigatório o uso da nota do Enem 2020 para o Sisu e no ProUni 2021/1.  A medida, publicada no Diário Oficial da União, foi tomada em razão da pandemia do coronavírus.

Mas apesar da medida anunciada, o Ministério da Educação (MEC) ainda não informou detalhes sobre as novas regras, como serão os critérios para a classificação, já que a nota do Enem 2020 não será obrigatória. Os editais do do Sisu, ProUni e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) também não foram publicados.

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