O comércio e serviços não essenciais do Espírito Santo vão ficar fechados durante os 14 dias da quarentena anunciada pelo governo do Estado nesta terça-feira (16). As medidas estão sendo adotadas por causa do aumento do número de óbitos, de contagiados e da ocupação de leitos hospitalares em decorrência da Covid-19.
As regras foram apresentadas pelo governador Renato Casagrande durante coletiva de imprensa virtual realizada nesta terça-feira (16), mesmo dia em que a taxa de ocupação nas UTIs chegou a 91,05%. Na enfermaria, o índice é 79,77%. De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, desde a última quarta-feira (10), o Estado registra aumentos intensos nas internações.
"Tivemos três dias com mais de 150 pacientes internados. Nesse momento, disparar essas medidas do risco extremo é proteger o sistema de saúde do colapso e diminuir a pressão hospitalar para garantir acesso a todos os atingidos pela Covid-19. Nesses 14 dias, o objetivo é interromper a cadeia de transmissão de forma abrupta", destaca Nésio.
De acordo com as informações dispostas nas Medidas Restritivas em Favor da Vida, a partir desta quinta-feira (18) até o próximo dia 31, devem ser mantidos em operação somente os serviços essenciais. Mas, afinal, quais atividades são essas?
Casagrande destaca que o protocolo de higiene como o uso de máscaras, álcool e o distanciamento social precisam ser mantidos. O chefe do Executivo afirma que o Estado terá 900 leitos de UTI até o final de abril. De acordo com Painel de Ocupação de leitos exclusivos para Covid-19, o sistema de saúde capixaba conta com 749 vagas na UTI e 707 espaços na enfermaria.
"Chegamos hoje à 91% de ocupação dos leitos de UTI. Nunca tínhamos ultrapassado os 90%. Pela primeira vez disparou o gatilho. Temos que tomar medidas no Estado todo. Quarentena de 14 dias que tem como objetivo de reduzir as atividades econômicas do serviço e comércio de áreas não essenciais", adianta Casagrande.
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