Diante do aumento do número de casos de contaminação pelo novo coronavírus no Espírito Santo, o governador Renato Casagrande fez um alerta para que a alta temporada, com início no próximo dia 21 de dezembro, seja mais controlada. Verão precisa ser mais contido, disse ele, ao se referir a festas e aglomerações mais frequentes nesta época. O alerta foi feito durante pronunciamento realizado na tarde desta sexta-feira (20)
Casagrande observou que não há uma vacina disponível para a população ainda este ano, e que o tema ainda tem levantado discussões políticas. "Nós não teremos a vacina neste ano, então esse verão precisará ser mais contido. Quando houver a disponibilidade da vacina, não conseguirá atingir todas as pessoas ao mesmo tempo. Temos ainda uma polêmica em torno dessas vacinas, é um assunto que está politizado. Estamos cientes que teremos que conviver com a pandemia neste verão", constatou.
O governador também pediu o apoio dos municípios na fiscalização de festas e aglomerações, que podem aumentar o risco do contágio e, por consequência, pressionar o sistema de saúde com mais atendimentos e internações.
Casagrande destacou que o governo estadual pretende começar, de novo, um trabalho mais forte de fiscalização em torno das aglomerações. Mas o Estado sozinho não consegue fazer. Os municípios têm um papel grande na fiscalização e no isolamento de casos ativos, para que a gente possa barrar o contágio", afirmou.
No pronunciamento, o governador anunciou o novo Mapa de Risco do Estado, que traz agora cinco cidades incluídas no chamado risco moderado, onde alguns segmentos sofrem restrições. São elas: Vitória, Cariacica, Viana, Barra de São Francisco e Ecoporanga.
Casagrande lembrou que não há nenhuma previsão de restrições maiores às atividades, mas que tudo dependerá do comportamento das pessoas. Elas serão maiores ou menores de acordo com o nosso comportamento."
O governador pediu ainda um cuidado maior com os protocolos sanitários, com o uso de máscara, higienização das mãos, o distanciamento social e que se evite aglomerações. Destacou também que precisamos de muita empatia, de uma pessoa se colocar no lugar da outra, ao falar sobre os dados de contaminação no Estado. No mês de outubro, mais de 60% das pessoas contagiadas, segundo exames feitos no Laboratório Central (Lacen), tinham idade média de 29,5 anos.
Por outro lado, mais de 60% das pessoas internadas em UTI tinham mais de 45 anos de idade. Então, os jovens são mais resistentes, às vezes, por isso saem mais e interagem mais. Mas, muitas vezes, acabam levando a doença para dentro de casa ou contagiando alguém de mais idade. É importante termos empatia. Essa doença exige essa corresponsabilidade", concluiu.
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