> >
Viana é a cidade acima de 50 mil habitantes há mais tempo sem mortes por Covid no ES

Viana é a cidade acima de 50 mil habitantes há mais tempo sem mortes por Covid no ES

A informação foi publicada pelo governador Renato Casagrande (PSB) neste sábado (9) em suas redes sociais.  Viana está há 37 dias sem nenhum registro de óbito

Publicado em 9 de outubro de 2021 às 16:29

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
Voluntários são imunizados no Viana Vacinada deste domingo (13)
Voluntários foram imunizados no Viana Vacinada em junho passado. (Carlos Alberto Silva)

Entre as cidades do Espírito Santo que possuem uma população maior do que 50 mil habitantes, Viana, na Região Metropolitana, é o município que está há mais tempo sem registrar mortes por Covid-19. De acordo com o governo estadual, há 37 dias nenhum paciente infectado pelo vírus morreu na cidade.

 A informação foi publicada pelo governador Renato Casagrande (PSB) neste sábado (9) em suas redes sociais. Segundo ele, a última morte aconteceu em Viana no mês de setembro. "Viana é a cidade do Espírito Santo com mais de 50 mil habitantes com maior quantidade de dias sem óbitos: 37 dias. Um óbito notificado em setembro foi de paciente sem registro de vacinação. Sem dúvida, resultado potencializado pelo projeto 'Viana Vacinada'. Vacinas salvam vidas, vacine-se!", disse o governador.

Divulgado no início desta semana, o resultado preliminar do estudo sobre a aplicação de meia dose de AstraZeneca em voluntários de Viana, no Espírito Santo, mostrou que o imunizante induziu anticorpos em 99,8% dos participantes. O projeto faz parte do estudo "Viana Vacinada", do governo do Espírito Santo e da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que avalia a eficácia de meia dose do imunizante contra a Covid-19.

Cerca de 20 mil pessoas com idades entre 18 e 49 anos participaram do estudo. A primeira meia dose foi aplicada nos voluntários em junho deste ano e a segunda dose foi aplicada oito semanas depois, em agosto.

Viana foi a primeira cidade a atingir 100% de adultos vacinados com ao menos uma dose de imunizantes contra a Covid-19 no Espírito Santo. 

ESTUDO

A pesquisa testa se a aplicação das duas meia doses é capaz de produzir anticorpos neutralizantes (protetores) e células de defesa. O estudo também investiga se os participantes terão a redução da incidência de novos casos de Covid-19 da mesma forma que quem recebeu a dose padrão da AstraZeneca.

De acordo com o Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam) da Ufes, que coordenou a pesquisa, os resultados preliminares apresentados confirmam que a meia dose da vacina AstraZeneca foi capaz de induzir a produção de anticorpos em 99,8% dos participantes.

A coordenadora do projeto, a pesquisadora Valéria Valim, explicou que o resultado equivale a resposta imune do esquema com dose padrão, após aplicação das duas doses com intervalo de oito semanas. “Esse é o resultado esperado pelos pesquisadores. Poder demonstrar do ponto de vista científico é muito importante, porque gera evidência, gera política pública, estratégia de saúde. É a resposta que as pessoas estavam esperando e traz tranquilidade para quem tomou a meia dose”, disse a pesquisadora.

O resultado preliminar mostrou ainda que em pessoas que tiveram Covid-19, o resultado imune com apenas uma dose foi maior que com as duas doses. Esse comportamento de resposta, de acordo com o Hucam, também se repetiu com dose padrão e está sendo analisado pelos pesquisadores. A hipótese é de que apenas uma dose pode ser suficiente, funcionando como um reforço ao estímulo produzido pela infecção natural.

RESULTADO EM DEZEMBRO

O resultado do estudo será publicado apenas em dezembro. O Hucam informou que os resultados precisam passar por um segundo teste e por complementação com os dados de imunidade celular, que estão em andamento. “Uma análise conclusiva será apresentada em dezembro, três meses após a segunda dose. Se esses resultados se confirmarem, a aplicação de meia dose de AstraZeneca poderá ser uma estratégia a ser adotada pelos governos”, informou a coordenadora da pesquisa.

Depois da aplicação das doses fracionadas, a resposta imune dos voluntários será acompanhada após três meses, seis meses e um ano. Segundo Valéria, se em algum momento dessas análises a taxa de anticorpos cair ou se os casos de Covid-19 voltarem a aumentar entre os participantes, o grupo será vacinado novamente.

Com informações do G1 ES

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais