Estudantes relatam que larvas estão sendo encontradas em meio à comida fornecida aos alunos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). A recorrência do problema, que ganhou repercussão nesta semana, motivou até a criação de um perfil nas redes sociais para denunciar o problema e pedir uma solução.
No almoço desta sexta-feira (6), a estudante Jéssica Souza Kubit é que teve a desagradável surpresa. "Já tinha visto vídeos, mas desta vez foi na minha marmita. Encontrei uma larva no meio do frango", disse ela, que cursa engenharia elétrica no campus de Goiabeiras, em Vitória.
A cena interrompeu a refeição. "Primeiro, eu tirei a foto e fiz um vídeo. Depois, chamei a nutricionista responsável que explicou que as marmitas são compradas de uma empresa. Até chegaram a me oferecer outra, mas eu não queria mais. Já tinha perdido completamente a fome", contou.
Apesar de frequentar o refeitório universitário até quatro vezes por semana, Jéssica adiantou que a rotina vai mudar. "Já tinha feito mais agendamentos, mas não vou mais comer lá enquanto for essa empresa. Não sei se vou para casa ou levar comida, mas para mim, é inconcebível", reclamou.
Conforme divulgado nas redes sociais houve, pelo menos, outros quatro casos parecidos com o dela. As larvas teriam sido encontradas por alunos de diferentes cursos, como fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional. Abaixo, casos que foram enviados por leitores de A Gazeta:
Ainda de acordo com a estudante Jéssica Souza Kubit, alguns universitários teriam passado mal e apresentado quadros de intoxicação alimentar, possivelmente relacionados às marmitas. "Isso é um descaso. Ninguém está indo atrás da empresa e a Ufes não fala nada, está omissa", afirmou.
Além de um posicionamento por parte da universidade, ela disse que os alunos esperam que a empresa fornecedora das marmitas seja punida de alguma forma. "Queremos que o RU voltasse a ser no modelo self-service o mais rápido possível. Antes não era perfeito, mas era melhor", defendeu.
Em nota, a Universidade Federal do Espírito Santo garantiu que está ciente do problema e que já emitiu uma notificação à empresa responsável — cujo contrato está em "fase de finalização". A instituição também esclareceu que o fornecimento de marmitas foi "uma medida temporária".
Quanto à volta da própria produção de refeições, a Ufes afirmou que ocorrerá "tão logo as equipes das empresas contratadas estejam aptas a iniciar os trabalhos". A previsão é que o retorno aconteça no próximo dia 23 de maio nos campi de Goiabeiras, Maruípe e São Mateus, com sistema self-service.
"A Pró-reitoria de Assuntos Estudantis e Cidadania (Proaeci) orienta aos usuários que, ao encontrarem qualquer irregularidade nas marmitas, comuniquem a equipe do restaurante universitário, que providenciará a substituição imediata da refeição e a adoção de outras medidas cabíveis", concluiu.
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