Dois cachorros morreram após serem atacados por abelhas no quintal de uma casa na Praia do Morro, em Guarapari. O ataque aconteceu no início da tarde desta quarta-feira (22). Além deles, outros dois cães precisaram ser internados em uma clínica e ainda se recuperam das picadas.
O enxame invadiu a residência do administrador Delano Braga Lopes, enquanto ele estava no trabalho. Uma câmera de segurança instalada no imóvel registrou o momento em que os cachorros são acordados com as ferroadas, que duraram cerca de 15 minutos. Dá para sentir o desespero dos animais pelo vídeo.
Avisado pela vizinha, ele correu para casa a fim de tentar salvar os bichinhos de estimação: as vira-latas Mel (de pelo caramelo) e Lisa (de pelagem escura), o vira-lata Bob (com pelo preto e branco) e a rottweiler Suzy. Infelizmente, apenas as duas primeiras, de dez e sete anos, respectivamente, resistiram.
"Por ser a maior, a rottweiler não conseguia se esconder. Devem ter sido centenas de ferroadas. Os outros, como são menores, tentavam se esconder, iam para baixo da minha moto, por exemplo. Quando eu cheguei, eu também fui atacado, e a rottweiler já estava desmaiada, tendo convulsão", relembra o dono.
Desesperado, Delano colocou Suzy no carro e os outros três cães saíram correndo. "Eu tive que largar o veículo aberto para fugir das abelhas. A vizinha viu e jogou um edredom para mim. Eu consegui me enrolar, entrei e acelerei para espantá-las com o vento. No começo da rua, eu achei as duas cachorras", conta.
Ele seguiu para a clínica veterinária, onde as três cachorras precisaram ficar internadas. Na manhã desta quinta-feira (23), ele recebeu a notícia de que a rottweiler não havia resistido. Também no início do dia, ele encontrou o Bob morto em um terreno. Segundo os veterinários, a causa das mortes foi choque anafilático.
Após perder dois dos melhores amigos de anos, Delano está deixando as duas cachorras dentro de casa e passou o dia com elas. Ambas seguem se recuperando e em observação, conforme recomendado pelos especialistas. Apesar de abatidas, elas já estão comendo e não estão precisando de medicação.
Segundo ele, pessoas próximas que também têm animais de estimação estão preocupadas de que um novo ataque como este possa acontecer. A analista Thais Pacheco é uma delas. "Foi uma tragédia surreal. Não quero que seja um caso comum e nem que as cachorras sofram de novo", disse.
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